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COLUNA: O PROFETA DA POLITICA

Publicado em 14 de maio de 2013

*PEDRO DE SANTA INÊS - itarantiense, pastor na Assembleia de Deus em Jeremoabo-BA, foi presidente do Conselho Político das Assembleias de Deus na Bahia, foi secretário de Finanças da Prefeitura de Taperoá, é militante político desde a infância em 1982, escreve semanalmente às terças para o site.

Porque o PT Vai continuar mais quatro anos na Bahia

Aos que não estão satisfeitos com o governo do PT na Bahia, quem avisa amigo é: Pode se conformar com mais quatro anos do Partido governando o Estado. Especulações à parte sobre quem será o candidato, vai outra afirmação polêmica: Quem quer que seja o candidato do Partido (Rui Costa, Walter Pinheiro, Luiz Caetano ou Sérgio Gabrielli) será o vitorioso em Outubro de 2014.

Quais as razões para esta afirmação?

1º – Sucesso do Governo de Dilma. A presidente ampliou as conquistas sociais iniciadas no Governo Lula e hoje goza da maior popularidade de um chefe de executivo em toda América Latina, superando o próprio Lula. Esta popularidade vai reverter, sem dúvida alguma, para os governadores petistas.

2º – Ostracismo das lideranças de oposição. Para quem desconhece a palavra, vai aqui um link (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ostracismo). As lideranças da oposição caíram praticamente no anonimato. O Ex-governador Paulo Souto, passa despercebido em locais públicos como qualquer cidadão comum, logo ele que era bajulado por tantos e sempre cercado por numerosa comitiva (http://www.politicosdosuldabahia.com.br/v1/2013/02/14/ilheus-ex-governador-paulo-souto-passa-despercebido-em-aeroporto/). O Ex-ministro Gedel Vieira Lima, bate cartão em Brasília numa vaga conquistada pelo Vice-Pesidente Michel Temer.

3º – O único nome capaz de ameaçar a hegemonia petista na Bahia, ACM Neto, não faria uma proposta tão arriscada. Primeiro porque ainda não tem consolidado sua liderança como executivo de sucesso, segundo porque não se quer, começou a ensaiar a solução dos gigantescos problemas que a nossa capital vivencia.

Político experiente, apesar da idade, mas que já nasceu na política, Neto tem feito exatamente o contrário do seu avô. Trocou a truculência pela diplomacia e negocia diretamente com o Governador Jaques Wagner, soluções para Salvador. Prática de quem enxerga longe e que, inevitavelmente, chegará longe. Deixar a prefeitura como menos de dois anos de mandato é muito temeroso porque, caso não ganhe, poderá cair no mesmo esquecimento e desprezo dos seus aliados. Aguardar para 2018 é mais prudente, já que poderá apresentar uma cidade transformada.

Quanto aos candidatos do PT, o quadro deverá ser o seguinte:

Wagner e Otto se licenciam, o primeiro para ser candidato a Deputado e puxar votos para o partido, o segundo vai para o Senado. Esta medida contempla ainda Marcelo Nilo que vai se tornar governador por 8 meses, e livra os deputados estaduais de vê-lo eternizar-se na presidência da Assembleia Legislativa da Bahia.

Walter Pinheiro teria a vantagem do apoio dos evangélicos, cada vez mais fortalecidos politicamente, além do apoio do PP que ganharia um Senador, seu suplente, Roberto Muniz.

Luiz Caetano, vai tentar em vão usar o argumento que como Presidente da UPB ampliou os contatos com os prefeitos, além de ter sido um excelente gestor em Camaçari.

Gabrielli dirigiu a maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, a Petrobras e tem know-how suficiente para dirigir o Estado, além de amigos para patrocinar sua campanha.

Rui Costa, o preferido de Wagner, é quem menos tem resistência na oposição, muito pelo contrário. Ele chega a ser mais aceito nos nichos oposicionistas que os candidatos deles. Sempre tratou adversários com respeito e nunca fez distinção partidária, coisa rara no PT. Isso, entretanto, lhe traz dificuldades dentro do próprio PT.