Composição: Tiago Melo/ Bahia Notícias
O vice-governador Otto Alencar (PSD) e o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, trocaram farpas na base aliada após as declarações do governador Jaques Wagner que indicou abertura de diálogo ao democrata ACM Neto em 2014. O petista considerou como “pensamento estreito e monolítico” a política implantada pelo falecido senador Antônio Carlos Magalhães, que foi derrotado pela sigla em 2006, e caracterizou os anos de administração carlista como “desgoverno”. A reação de Jonas Paulo foi provocada por outra do vice-governador, que, ao ser questionado pelo jornal A Tarde se ACM Neto (DEM) enfrentaria resistência dentro da base de Wagner, declarou que isso ocorreria apenas se partisse de pessoas “com pensamento menor, estreitinho”. “Ele chamou para a briga”, brincou Otto. “Não me referi a ninguém do PT. Disse que seriam pessoas que não estariam sintonizadas com o movimento que vive a Bahia hoje de diálogo. Não citei o nome dele e também não esperava que ele colocasse a carapuça”, completou. Após saber dos dizeres do aliado, Jonas Paulo também ponderou que não “individualizou” suas críticas. “O carlismo foi um atraso, tanto que a Bahia foi o último Estado a se democratizar (...). Na nossa compreensão, o carlismo foi uma ditadura civil que dirigiu a Bahia durante quase 40 anos”, criticou o petista. O deputado estadual Ângelo Coronel (PSD) saiu em defesa do vice-governador. “Se Jonas Paulo representa o PT e se mostra incomodado com o vice-governador e com o PSD na base governista, basta falar que, da mesma maneira que entramos pela porta da frente, também sairemos”, disparou, em telefonema ao Bahia Notícias. “Wagner junta e Jonas Paulo espalha”, completou.
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