Otto Alencar se coloca como candidato ao governo da Bahia

Otto Alencar nos áureos tempos do Carlismo
 
Por: Alessandro Isabel
 
Embora sempre afirme que tem a intenção de disputar a eleição de 2014 para a vaga no Senado, o vice-governador da Bahia, Otto Alencar (PSD), deixou nas entrelinhas que pode, sim, ser o representante governista.

Em entrevista na manhã desta terça-feira (05), o socialista deixou claro que colocou o barco na direção do senado federal, mas mudanças no percurso podem fazer com que a embarcação siga outro rumo.

“Já há muito tempo, desde que me perguntam, que digo que eu tenho um projeto de me candidatar ao Senado da República. Tenho dito que quero ser um senador reformista. O Brasil precisa de um congresso nacional renovado de deputados e senadores, para que façam reformas que o Brasil precisa”, enfatizou no primeiro momento.

Ainda na oportunidade, Otto ponderou e deixou brechas para interpretações: “num tenho amigos, gente do povo, profissionais liberais, vereadores, prefeitos, ex-prefeitos, deputados estaduais, federais enfim, uma quantidade de pessoas muito grande que defendem meu nome no governo. Me coloco como candidato a governador, até porque eu estou numa aliança, e o comando da aliança está com o governador, são 13 ou 14 partidos e vai ser candidato aquele que conseguir agregar mais dentro  dessa estrutura partidária”, reavaliou.

Levando em consideração que o nome mais cotado para ser o representante governista é o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), que não é unanimidade nem dentro do próprio partido, a declaração de Otto dá novos rumos para a disputa. “Provavelmente deve ser um nome lá do PT. Mas o PT não pode dizer vai ser esse aqui sem conversar com meu partido PSD, o PP do Mário Negromonte e do João Leão, o PDT do Marcelo Nilo e Felix Júnior, o PCdoB do Daniel Almeida, enfim os partidos todos que compõe a base de sustentação do governo”.

No microfone da Rádio Sociedade da Bahia, Otto justificou a frase dita para o editor o Bocão News, Luiz Fernando Lima, quando falou sobre o peso político e representatividade de postulantes que almejam a disputa majoritária no próximo ano. “Preciso de uma balança de precisão para cada candidato. Às vezes um cidadão não se avalia bem: ele tem 100 votos e pensa que tem 100 mil. É vintém e pensa que é um milhão. Falei em tese e não é para atingir nenhum candidato não. Só acho que você tem que saber o que você pesa, o que você vale, onde você tá pisando e qual a sua capacidade intelectual, o seu peso político e o seu peso empresarial que é muito importante“, aconselhou.

Comentários