Foto: Izabele Nascimento / CBN Salvador
Deputado Capitão Tadeu Fernandes (PSB)
O deputado estadual, Capitão Tadeu Fernandes (PSB), que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados negou que haja mágoa por Lídice não ter sido escolhida candidata da base de Wagner e garantiu que a pecha de partido traidor não pode ser fixada no PSB por ter feito parte do Governo até o final do ano passado. “Só existe uma pessoa que pode ser traída na política: o eleitor e mais ninguém. Um partido dizer que foi traído por causa disso eu não acredito. O PSB tem o direito de ter candidatura própria. É um direito inalienável e ninguém pode acusar o PSB de traição porque não quis apoiar o candidato do PT. O partido elegeu o seu direito de pleitear essa disputa e para o povo é importante. Quanto mais partidos fortes tiver melhor para a democracia”, explicou durante entrevista à rádio CBN Salvador, na manhã desta quinta-feira.
Tadeu afirmou ainda que a candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) ao governo da Bahia e a do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República, é uma forma de “avançar aonde não houve avanço, para fazer o que não foi feito”. O deputado questionou a escolha de Rui Costa (PT) como candidato da base e garantiu que o seu partido estará no segundo turno com o candidato escolhido pela oposição. “Lídice tem chance de ser governadora da Bahia. De todos é quem mais tem chance. As pesquisas indicam Lídice disparada na frente de toda a esquerda. Rui Costa está bem atrás nas pesquisas em relação a ela e eu acredito que o segundo turno vai ocorrer entre Lídice e Paulo Souto ou Geddel, a depender de quem vier a ser o candidato da oposição”, analisou.
O PSB vai levantar as bandeiras da ética e da moral durante as eleições de 2014, pelo menos foi o que deixou claro o deputado ao comentar a filiação da ex-ministra corregedora do CNJ, Eliana Calmon à legenda. “Eliana vem com a bandeira da moralidade, Marina Silva vem com a bandeira da moralidade e Eduardo Campos é o melhor governador do Brasil há anos. Lídice também levanta a bandeira da moralidade, está há tanto tempo na política e ninguém fala nada a respeito dela. Eu acredito nessa chapa limpa. Você pode discordar do pensamento, mas ninguém pode questionar a postura ética. È nisso que nós estamos apostando, no novo na política”.
Sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que antecipava o pagamento dos royalties do petróleo para Previdência, derrubado na madrugada de quarta-feira na Assembleia Legislativa, Tadeu considerou “um absurdo” a PEC enviada pelo governador ao legislativo. “Não concordo com isso” afirmou o deputado que alegou não ter participado da votação porque estava “em um encontro com o governador para entregar projetos referentes à Polícia Militar e não fui votar porque era a mesma coisa de votar contra. Votar contra e não votar era a mesma coisa. O governo precisava de 38 votos e era quem tinha que reunir os deputados”. Tadeu afirmou que se o projeto retornar à pauta da casa vai se posicionar. “Deixo claro que sou contra, se colocarem em março de novo eu vou votar contra”, concluiu.
Emerson Nunes
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