ELEIÇÕES NA BAHIA 2014: ‘Não haverá duas candidaturas na oposição’, garante Neto

"O meu projeto é ter os dois na chapa: um ao governo e outro ao senado", diz prefeito


O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), garantiu que “não haverá duas candidaturas ao governo na oposição”. Em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira, ele afirmou acompanhar e liderar o processo eleitoral ao lado do presidente do PMDB na Bahia, Geddel Viera Lima e do ex-governador, Paulo Souto (DEM). “Temos muitos partidos na nossa base que vão se posicionar sobre isso. Agora é claro que eu, Geddel e Paulo estamos liderando esse processo. Mas não terão dois palanques [na oposição]. O espírito dos dois é o mesmo: o da construção coletiva e que nos permita caminharmos juntos”, explicou.

Neto também comentou as versões divulgadas publicamente sobre a reunião com Paulo Souto, quando ele teria negado o interesse em participar do pleito e depois voltado atrás, garantindo prerrogativa à Geddel. “Temos que ter cuidado porque às vezes leva-se ao público versões dos fatos, que não são os fatos. (…) Paulo é uma pessoa muito reservada. Ninguém viu ele dizendo que queria ou não queria”.

Sobre a sua preferência entre os candidatos Neto esquivou, mas deixou escapar a possibilidade de rompimento, caso Geddel não aceite o democrata na cabeça de chapa e decida permanecer como pré-candidato. “O meu projeto é ter os dois na chapa: um ao governo e outro ao senado e as conversas que a gente vem tendo é em altíssimo nível e estamos chegando ao final para a definição do nome e eu vou cumprir o meu prazo: depois do Carnaval. Mas aquele que for escolhido vai ter o apoio de todos. (…) Os partidos tem que estar unidos e o meu esforço vai ser para ter os dois na chapa e, se não tiver os dois nós vamos ter uma outra chapa. Eu não posso obrigar ninguém a nada. Existe uma parcela de agentes políticos que quer Paulo e outra que quer Geddel, mas eu estou acompanhando e isso não vai acontecer”, frisou.

O alcaide também comentou a antecipação da pré-candidatura do chefe da Casa Civil de Jaques Wagner, Rui Costa (PT), em busca de se tornar mais conhecido do eleitorado, aumentando a sua competitividade. “Eu respeito Rui Costa. O simples fato de ele ser candidato com o apoio do governo e do partido que ganhou as duas últimas eleições faz dele um candidato competitivo. Mas eu sei que nós temos a nossa força e juntos podemos ganhar a eleição”, concluiu.

Emerson Nunes/Política Livre

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