A ansiedade maior está no campo da oposição, onde o ex-governador Paulo Souto (DEM) e o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) duelam pela indicação. Na última semana algumas novidades movimentaram o cenário e os dados foram laçados.
Cabe ao prefeito de Salvador, ACM Neto anunciar o candidato que apoiará, mas assim como no grupo do governador Jaques Wagner (PT), a corda está esticada e qualquer derrapada trará consequência. Sendo a principal dela, a ruptura com os peemedebistas Lúcio e Geddel Vieira Lima.
O lançamento de chapas separadas não chega a ser novidade. Aconteceu na eleição municipal. Neto saiu vitorioso e em um cenário projetado, dentro do próprio grupo político poucos são os que apostam que em caso de duas candidaturas Geddel termine à frente de Paulo Souto.
Muitas conversas reservadas entre as lideranças estão acontecendo durante todo o fim de semana. De oficial existe a posição do PSDB que em reunião da Executiva Estadual retirou a sugestão – não é decisão porque não há imposição – de apoiar Paulo Souto. 11 dos 13 membros do colegiado ficaram com o ex-governador.
O deputado federal Antônio Imbassahy e o presidente da Câmara Municipal de Salvador Paulo Câmara foram os únicos que se opuseram a este posicionamento. Os dois defenderam a tese de que era melhor não se optar por um dos lados neste momento. A decisão cabe ao prefeito, que na conjuntura atual, foi alçado à condição de coordenador do processo.
Do lado peemedebista, o diretório e seus principais representantes, os irmãos Viera Lima, aguardam o cumprimento da “palavra” dada lá atrás. Lá atrás quando Souto recusou ser candidato, Neto teria confidenciado a Geddel que o ex-ministro seria o representante do grupo. Dias depois, o ex-governador desdisse e quis participar da disputa.
Tirando as fontes do PMDB, todas as outras apostam que a situação está resolvida e que Paulo Souto vem para a cabeça da chapa e João Gualberto (PSDB) será o vice. Falta apenas o ocupante da vaga para o Senado, sobre este não pairam dúvidas de que não será Geddel, mas nenhum outro nome foi aviltado. PV, PTN ou outro partido menor pode dar a solução.
Governo
Como disse durante o Carnaval, Jaques Wagner (PT), deve estar tranquilo, pois o “lado de lá” está bem mais enrolado. A tese dos petistas era de Neto estaria “valorizando a decisão” de indicar Geddel, mas tudo indica que não será este o desfecho.
Se confirmada as duas candidaturas, o confronto será no terreno relativamente mais interessante para os atuais comandantes do Poder Executivo estadual. Se por um lado Lídice da Mata (PSB) “tira” votos dos governistas, do outro Geddel e Paulo Souto disputarão os votos da oposição.
Mas isso tudo é conjuntura e só no final da semana é que se espera uma definição concreta.
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