ELEIÇÕES NA BAHIA 2014: Chapa da oposição: DEM não tem pressa; 'Pergunta a ACM Neto', diz Geddel

Prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), o Deputado Estadual Bruno Reis (PMDB) e Geddel Vieira Lima (PMDB) pré-candidato ao governo baiano pela oposições
Enquanto o governador Jaques Wagner concluiu na última semana a montagem da chapa encabeçada pelo PT, os partidos de oposição ainda não chegaram a um denominador comum sobre a desejada união do grupo e, pelos últimos movimentos e discursos, a definição pode não ocorrer até o final de março, como prometido. O ex-governador Paulo Souto (DEM) e o presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, disputam o posto de candidato único das oposições, mas o prefeito de Salvador, ACM Neto, parece distante de desatar o nó. Indagado publicamente sobre o assunto nos últimos dias, o coordenador do processo não deu nenhuma pista e tem comentado no Palácio Thomé de Souza que “quanto mais falam em eleição, mais eu me calo”. “As conversas continuam. O prefeito tem falado com todos os atores do processo na tentativa de buscar o consenso. Ele tem tido várias reuniões, com os pré-candidatos e representantes dos partidos”, diz o presidente estadual do DEM, o deputado Paulo Azi. Questionado sobre o andamento das negociações, Geddel jogou a responsabilidade para o prefeito. “Pergunta a ACM Neto. Se eu já não estava dizendo nada, agora é que não falo”, avisou. No começo do mês, logo após o carnaval, o peemedebista chegou a sinalizar um possível racha dos oposicionistas, ao dizer que, na política, “nada é impossível”, quando indagado sobre a chance de PMDB e DEM saírem separados. Irmão de Geddel, o deputado federal Lúcio Vieira Lima reforçou as palavras do pré-candidato do PMDB. “O árbitro não é Neto? Ele é quem vai dizer. Estamos aguardando o coordenador do processo”, declarou. Durante a folia momesca, diversos políticos oposicionistas defenderam que o momento adequado para definir o candidato do grupo se encerraria nas duas semanas posteriores à festa. “Sempre ouvi que o final do prazo era o mês de março. Se encontrássemos a solução antes do final do mês, sairia antes. Na realidade, o processo foi antecipado pelo governo. O tempo não é um fator que pressione”, afirmou Azi. Procurados pela reportagem, Neto e Souto não atenderam às ligações.

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