O presidente do PMDB da Bahia e pré-candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima, rebateu as declarações do governador Jaques Wagner (PT), em entrevista ao Bocão News na manhã desta segunda-feira (19), durante assinatura da ordem de serviço para a contenção de encostas em Salvador, na Governadoria.
A polêmica teve início após o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) postar nas redes sociais fotos dos encontros em Itapetinga dos governistas, liderado por Rui Costa (PT), e dos oposicionistas, liderado por Paulo Souto (DEM). Segundo Lúcio, a dos seus aliados estava bem mais lotada do que a dos seus adversários, o que traduziria a atual realidade da corrida ao Palácio de Ondina.
Disse Wagner à reportagem: “Essas pessoas devem lembrar das eleições de 2006. Nessa época eles já estavam cantando vitória (...) A campanha só começa em julho. Falar qualquer coisa agora é prematuro”, sinalizou.
Em 2006, Wagner tentava pela segunda vez derrotar o então senador Antônio Carlos Magalhães, falecido em julho de 2007. O petista venceu no 1º turno com 52% dos votos válidos, contra 43% do seu principal concorrente, o ex-governador Paulo Souto (DEM), que era tido como imbatível, principalmente no interior, onde teoricamente contava com o apoio de diversos prefeitos e lideranças ligadas ao carlismo.
“Em 2006, a fadiga [do carlismo] favoreceu [ o candidato Wagner]. Em 2014, o cansaço insuportável e a fadiga de um governo ‘inapetente’ que o PT fez na Bahia nos últimos oito anos desfavorecem ele [o governador] e o candidato terceirizado dele [Rui Costa]”, disparou Geddel, que na eleição vitoriosa do petista, estava ao seu lado no planaque e o ajudou a derrotar Souto e o senador ACM.
Para o peemedebista, Wagner tenta distorcer dois cenários distintos – 2006 e 2014. “Uma coisa é uma fotografia simbólica. Outra coisa é uma fotografia de uma máquina fotográfica que mostra a realidade. O governador Wagner é jeitoso, mas não é ilusionista”, cutucou.
Encontro da Chapa Oposicionista na última sexta em Itapetinga
O próprio postulante ao governo baiano Paulo Souto, em entrevista recente ao Bocão News, afirmou que a derrota em 2006 “foi apenas circunstâncias de natureza política”. Atribuiu-se na época, inclusive, a uma disputa internamente no extinto PFL como um dos fatores que levou a derrota de Souto e, consequentemente, o esfacelamento do carlsimo na Bahia.
Evento dos petistas em Itapetinga no último domingo citado por Lúcio Vieira
Já na visão do presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, em entrevista à reportagem, “a oposição não canta vitória antecipada” porque a "campanha ainda não começou". “Governador, o que se vê é a revolta do povo baiano com seu desgoverno de tanta violência, saúde pública caótica e educação de péssima qualidade. O senhor precisa descer do helicóptero e botar o pé na realidade”, criticou Aleluia.
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