Por Redação Bocão News
Michel Temer e Geddel Vieira Lima
O presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, comunicou ao vice-presidente República e presidente nacional do seu partido, Michel Temer, que deu início a uma articulação interna na defesa do rompimento com o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff.
A informação é do blog Josias de Souza, do Uol. Geddel, que é o 1º secretário da Executiva nacional da sigla, informou sobre a decisão também ao ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que auxilia Temer na coordenação política do governo.
“Acabou esse constrangimento de silenciar por amizade e respeito ao Temer”, disse o peemedebista baiano. “Não temos nada contra o Temer e o Padilha. Mas está havendo uma extrapolação. Os dois fazem uma defesa intransigente do governo. E expressam posições que não correspondem ao pensamento da maioria do PMDB. Essa maioria começará a se expressar. Estou quebrando o silêncio. Outros falarão”, afirmou.
Para Geddel, o PMDB tem de sair do governo e entregar todos os cargos. "Do contrário, não teremos credibilidade para falar em candidatura própria para 2018. Se queremos ser levados a sério, precisamos trilhar a nossa estrada de Damasco”, defendeu.
Em conversa telefônica com Geddel, Padilha argumentou que o PMDB tem responsabilidades com o governo Dilma, que ajudou a eleger. "Essa não é mais a vontade da maioria do PMDB. Nossa responsabilidade é com o país, não com um governo que se dissociou da sociedade", rebateu Geddel.
O dirigente baiano afirma que “nem a militância do PT está mais ao lado de Dilma. A menos que que os militantes petistas tenham sido reduzidos a 7,7%.” Pesquisa do instituto MDA, divulgada nesta terça-feira (21) pela CNT, revelou que apenas 7,7% aprovam a gestão Dilma.
O PMDB realizará no final de setembro um Congresso Nacional e Geddel prevê que a formalização do desembarque ocorrerá nesse encontro. “Esse caldo estará tão quente em setembro que não haverá manobra de cúpula capaz de deter a insatisfação que vem das bases do partido”.
Ontem, o dirigente baiano cobrou o cumprimento de um acordo feito com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para a liberação de recursos para o BRT (Bus Rapid Transit) que fará, inicialmente, o trajeto Estação da Lapa x Ligação Iguatemi-Paralela (LIP). A gestão soteropolitana depende dos recursos da União para dar início às obras, com previsão inicial de R$ 1,2 bilhão. A contrapartida do governo federal seria de R$ 600 milhões. Com a garantia de recursos da União, o prefeito pode lançar o edital de licitação e captar financiamento para iniciar a construção do corredor exclusive. A prefeitura deve empenhar R$ 600 milhões no BRT, entre recursos próprios e empréstimos.
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