Foto: Max Haack / Agecom
Uma troca de mensagens de executivos da OAS durante a apuração dos votos na eleição para a presidência da República, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), mostra que, além de estarem ansiosos com o resultado, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), era motivo de chacota. ACM Neto “sofria” com frequência na troca de mensagens da OAS. "Grampinho" é criticado por seu "desespero" ao não conseguir eleger Paulo Souto (DEM) governador. "Pergunto-lhe: o que teremos que fazer para fuder o Grampinho em 2016", escreve um executivo. "Vai ser fácil. Ele será destruído por ele mesmo", responde Pinheiro. Um terceiro executivo finaliza: "Concordo! Ele não tem caráter e destila veneno. Não aprendeu a construir alianças, como nós". À reportagem, ACM Neto afirmou: "Não quero comentar essa troca de e-mails de teor desqualificado, em que um dos autores está preso pela Justiça [...]. Eu sempre estive do lado oposto destas pessoas". A interceptação de mensagens registrou ainda momentos da campanha eleitoral de 2014. "Informação de dentro do TSE: Aécio 5% na frente", escreve um deles, às 19h24 daquele domingo. "FHC está falando em vitória de Aécio. Pode ser boato, mas...". Na resposta, Leo Pinheiro, então presidente da OAS, solta: "Vamos ver!". Minutos depois, o alívio: "Dilminha ganhou!!!!!", festejou Pinheiro, que ainda mandou uma foto de Aécio vestindo a camisa do Vitória: "Já tá acostumado a ser vice". As dezenas de mensagens estão no inquérito que investiga a OAS na Lava Jato e foram divulgadas pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (17). Os documentos mostram que, com frequência, Leo Pinheiro repassava "boletins" de "JW", alcunha de Jaques Wagner (PT), então governador da Bahia e hoje ministro da Defesa. Wagner agradece a ele quando Rui Costa (PT), aparece à frente nas pesquisas: "Já era. Você merece e contribuiu para isto". No dia seguinte à votação, Pinheiro brinca com um colega. Envia uma imagem de um eleitor numa urna. Acima dele, a inscrição "Este voto é um oferecimento de...", seguida de logos de financiadores de campanha - OAS entre eles. Apesar da torcida contra, a OAS doou R$ 8 milhões para Aécio em 2014. Dilma recebeu R$ 20 milhões. Em 2012, ACM Neto nada recebeu. Clique aqui e veja parte da troca de mensagens. POR BAHIA NOTICIAS
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