Morre Lomanto, a 'esperança do povo'

por Samuel Celestino/BN

Lomanto, 'esperança do povo'
Foto: Reprodução/ Acervo
O ex-governador Antônio Lomanto Júnior foi um marco no desenvolvimento da Bahia. Morreu na noite desta segunda-feira (23), no Hospital Português, aos 90 anos, prestes a completar 91. Foi o primeiro municipalista a marcar época no estado e, seguramente, o primeiro político que realizou a marcha do interior para a capital, oriundo que era do município de Jequié. Tornou-se vereador aos 22 anos, assumindo, em seguida, a liderança da Câmara municipal da cidade. Era uma figura notável, afável e comunicativo, governou a Bahia de 1963 a 1967, mas era, sobretudo, um municipalista e tinha orgulho de sê-lo, presidindo a Associação Brasileira Municipalista de 1959 a 1963. Em 1962 era prefeito de Jequié, saltando da prefeitura do seu município em segundo mandato para o governo baiano, após a sua marcha do interior para a capital. Fez uma trajetória política extraordinária até chegar ao auge. Mesmo assim, depois de se tornar deputado federal e participar intensamente da política estadual, retornou, muito depois, à sua cidade para, novamente, se eleger prefeito. Lomanto fez uma campanha ao governo marcada pela marcha “Lomanto, a esperança do povo” e como símbolo “feijão na panela, feijão na lapela”, quando então se usava um broche lembrando o feijão na lapela nos paletós usados maciçamente pelos lomantistas. Foi um grande gestor. De tal maneira que foi dele a construção da Av. Contorno. Construiu, entre muitas outras obras, o Teatro Castro Alves e o Centro Industrial de Aratu além rodovias entre as quais a Feira-Juazeiro porque a sua visão estava muito à frente como empreendedor. Lomanto Júnior ao findar o seu mandato no governo baiano deixou o Palácio Rio Branco nos braços do povo, numa festa comemorada nas ruas de Salvador e só terminando na Av. Contorno.

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