PP permanece na base do governo Dilma até a votação do impeachment

Por Luiz Fernando Lima Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News e Agência Brasil

O chefe de gabinete pessoal da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, anunciou a permanência do Partido Progressista na base governista durante a entrega do navio doca multipropósito Bahia. O evento, realizado na manhã desta quarta-feira (6), em Salvador aconteceu ao mesmo tempo em o que o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, comunicava a decisão da legenda, em Brasília.
O ex-governador da Bahia não se estendeu no discurso sobre a permanência do partido com a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados, mas sabe-se que é o governo suspira aliviado. Na tarde desta quarta aconteceria uma reunião dos pepistas da Câmara e Senado para tomar a decisão, contudo, ao mapear o cenário descobriu-se que 40 dos 57 parlamentares da legenda seriam favoráveis a continuar na base.
“Vendo isso, eles pediram o cancelamento da reunião e eu exigi que eles mandassem um documento assinado por todos pedindo o cancelamento e com isso mantém-se o Partido Progressista na base de apoio. Não vamos mais discutir o rompimento com o governo até a votação na Câmara”, analisou.

Articulação

Com a saída do PMDB, a presidente Dilma trabalha com a possibilidade de dividir os cargos vagos entre os partidos que permanecerem na base. Neste sentido, ao PP caberia indicar o novo ministro da Saúde e o presidente da Caixa Econômica Federal, além de manter o Ministério da Integração.

As conversas estão avançadas ao ponto de já haver especulações entorno de quem assumiria cada função. O atual ministro da Integração, Gilberto Occhi, seria deslocado para a presidência da Caixa. Em seu lugar assumiria o deputado federal da Bahia, Cacá Leão, e a pasta da Saúde ficaria sob a tutela do também deputado federal Roberto Barros.
Embora estas discussões estejam avançadas, as movimentações só serão confirmadas após o encerramento do processo de impeachment e, obviamente, se Dilma permanecer no cargo. Até lá, a única certeza dada por Nogueira é que os pepistas permanecem na base.

*Com informações do repórter Aparecido Silva

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