POLÍTICA INTELIGENTE: Exemplos de como capitalizar politicamente a seu favor, os "apelidos" e as críticas dos adversários

ITAPETINGA: ADVERSÁRIOS COMPARAM RODRIGO HAGGE AO NETO BOM DO “SARUÊ”

Assim que se lançou como pré-candidato a prefeito de Itapetinga, o jovem Rodrigo Hagge, de 26 anos, passou a ser alvo de ataques maliciosos de adversários e concorrentes, que o taxaram de ser muito jovem para assumir a prefeitura, apesar da Constituição Federal estabelecer que a idade mínima para concorrer ao cargo é de 21 anos.

Assim, numa campanha orquestrada, alguns políticos passaram a se referir a ele como “o menino”, numa referência pejorativa à sua pouca idade, como se isto fosse elemento desfavorável à sua pretensão. A jogada boba e preconceituosa não deu certo, e Rodrigo acabou capitalizando o fato a seu favor, se aproximando ainda mais da juventude, que hoje o apoia majoritariamente.

Insatisfeitos, tentam agora associar o nome do jovem candidato a um dos personagens da novela global ‘Velho Chico’, chamando-o de “Neto do Saruê”. Rodrigo não perdeu tempo e postou nas redes sociais uma foto sua ao lado do personagem ‘Miguel’, o neto bom do Coronel Saruê, com a seguinte mensagem: “Dois sonhadores, um da ficção e o outro da realidade, que lutam para dar o melhor para o seu povo”.

Matou a pau e calou a boca dos assustados concorrentes.
Por Davi Ferraz 

NOTA DO BLOGUEIRO DA COBRA: Aqui em Itarantim já aconteceu dois casos em que apelidos mal colocados ajudaram politicamente os candidatos a se darem bem e que vale a pena ressaltar.

O primeiro exemplo se deu na disputa entre o saudoso Aurino Xavier X Gideão Mattos - Uns parentes abestalhados de Gideão, na tentativa de "esculhambar" com a imagem dele, que tinha acabado de chegar do Pará, lhe pôs o apelido de "ONÇA DO PARÁ", isto porque, segundo esses seus parentes, Gideão "comeu" todo o gado que o seu pai havia deixado sob sua responsabilidade, numa fazenda lá pelas bandas daquele estado. Ora, "ONÇA", no imaginário popular, significa: raça, força, sabedoria e esperteza. E Gideão capitalizou isso a seu favor, e ganhou as eleições. Se tivessem apelidado Gideão de, ex. "RATO DO PARÁ" o resultado, com certeza, seria outro e Aurino teria sido o prefeito de Itarantim.

O segundo exemplo: Ricardo Souto capitalizou politicamente o apelido pejorativo de "QUIABADA" que Clóvis Mattos pôs no grupo que apoiava o então candidato contra Cícero Alencar.   Ricardo não ganhou na primeira, mas o verde do quiabo, que diante do fracasso administrativo de Cícero, simbolizou o verde da esperança que serviu de "bandeira" para manter unido o grupo de Ricardo e que foi crucial para lhe dar a vitória, justamente, contra aquele que criou a "Quiabada": o Sr. Clóvis Mattos. Ou seja: O FEITIÇO, nos dois casos, VIROU CONTRA O FEITICEIRO!

Portanto, Senhoras e Senhores, cuidado ao apelidar os seus adversários. Pois apelidos mal colocados podem dar aos apelidados o combustível que faltava para impulsionar a suas candidaturas. Ex: estão apelidando um certo pré-candidato a prefeito daqui de mulherengo e cachaceiro. Se o marqueteiro dele souber tirar "leite das pedras" e capitalizar isso a seu favor, as coisas podem melhorar pra ele.

Outro conselho: As políticas de hoje são feitas com profissionalismo e por profissionais da área e não por amadores. E as decisões deverão ser tomadas e estratégias elaboradas em cima de dados de pesquisas e outros mecanismos da ciência do marketing e não de forma amadora, muito comuns nas discussões em cachaçadas de fundos de quintal e elaboradas por mentes tresloucadas e inconsequentes. Fica a dica.