COLUNA SOCIAL: Caras como ele estão ficando raros.

Por Manel Lopes

Homem ou mulher, mais velho ou mais novo, não importa! A relação entre irmãos é um aprendizado constante, seja pela admiração, pelo amor, pelo cuidado e até mesmo pelo conflito. Há quem viva bem sem irmãos. Mas quem os tem, mesmo em tempos de crise e desavença, afirma que não saberia viver sem.

A grande questão é que dividir os pais, os brinquedos, os amigos, as angústias, as incertezas, as alegrias e os segredos com os irmãos é a maior aventura da vida. É claro que nessa relação não poderia deixar de existir o aprendizado.

E não importa quem é mais velho ou mais novo. O que vale é a beleza de reconhecer - e admirar - tudo o que os irmãos podem nos oferecer.

Hoje 12/11/2016 sétimo dia de falecimento de meu irmão mais velho, Janilson (Carequinha), dia triste e de reflexão, me fez pensar nas inúmeras coisas que aprendi com ele andar de bicicleta, gostar de futebol e outras tantas mas, a mais importante que ele ensinou, não só para mim, como para todos que tiveram a grata alegria de conviver com ele foi a leveza, a alegria, o sorriso fácil e cativante. Janilson diante das circunstancia adversas, dos problemas comuns a qualquer ser humano não se entristecia, tinha sempre uma carta na manga, ainda que fosse um blefe, ele não deixava o problema ser maior do que a felicidade de estar vivo. Em um mundo de capitalismo selvagem é raro ter uma pessoa que pense no próximo, que deixa as suas prioridades para ajudar, sem acepção de pessoa. O mundo precisa de pessoas como ele, que vão à contramão do egoísmo extremo. Para homenagear deixo um trecho da musica dos Titãs. “Caras como eu”

[...Caras como eu 
Estão ficando raros 
Como cabelos ralos 
Que se partem e caem pelo chão 
Caras como eu 
Estão tirando o pé 
Andando em marcha ré [...]