GUERRA DAS CACHAÇAS NO RIO: Só faltava essa

Após ser sancionada por Pezão, Lei da Cachaça já causa polêmica
Especialistas e representantes de bares e restaurantes consideram medida autoritária

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RIO - Bebida genuinamente brasileira, a cachaça está gerando goles e goles de polêmica. Uma lei sancionada, na semana passada, pelo governador Luiz Fernando Pezão obriga bares, restaurantes e hotéis a incluírem em suas cartas de bebidas destiladas pelo menos quatro marcas de cachaça produzidas no estado. A medida revoltou os proprietários dos estabelecimentos. Conforme antecipou ontem a coluna Gente Boa, o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ) já se mobilizam para entrar na Justiça contra a chamada Lei da Cachaça.
— Não temos nada contra a cachaça. Trabalhamos e gostamos do produto. O que a gente não concorda é com a imposição. Isso não é admissível nem constitucional. Quem manda nos produtos que vendemos é o nosso público — defende Pedro De Lamare, presidente do SindRio.

O Rio é o terceiro estado que mais consome aguardante no país e o sexto que mais produz, segundo o ranking do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Aqui, as versões artesanais ganham mercado. Os alambiques mais antigos — um deles tem mais de 200 anos — e os rótulos mais premiados estão na Costa Verde fluminense.

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