MATADOURO É INTERDITADO

Ministério Público atende solicitação da ADAB e interdita Matadouro de Ipiaú

Matadouro foi interditado na manhã dessa sexta-feira (Foto:Giro em Ipiaú)
Em atendimento a uma recomendação do Ministério Publico, através da 1ª Promotoria de Justiça de Ipiaú, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB),  interditou o Matadouro Municipal de Ipiaú, localizado nas imediações da  Br-330, e atualmente administrado pela empresa FRINOVO. A interdição aconteceu na manhã desta sexta-feira, 02, contando com o apoio de prepostos da Policia Militar. Um laudo técnico realizado pelo fiscal estadual agropecuário, Sérgio Carlos Carreiro Barreto, indicou que o matadouro não possui condições tecnológicas, higiênicas e sanitárias para funcionamento e sendo assim oferece riscos ao consumidor da carne do gado bovino ali abatido. A fiscalização constatou ainda que a unidade não possui qualquer registro junto aos órgãos competentes, estadual e federal. Desta falta de registro decorre a inexistência de qualquer tipo de fiscalização criteriosa quanto à sanidade dos animais abatidos, o que gera elevado risco de contaminação por inúmeras doenças, entre elas as temidas zoonoses.   A situação do Matadouro de Ipiaú já provocou um êxodo de grande parte dos usuários da unidade para o Frigorífico Vale do Sol no município de Jequié, distante 50 quilômetros. 
Matadouro de Ipiaú foi interditado pelo MP (Foto:Giro em Ipiaú)
Sem fiscalização o abate do gado bovino no Matadouro de Ipiaú adquire conotação de clandestino, pois impede o controle sanitário da carne comercializada, tanto pela ausência de exame adequado da carcaça (através da inspeção antes e após a morte do animal), que permite identificar possíveis agentes transmissores de doenças para os seres humanos, quanto pela não observância de normas e procedimentos sanitários durante a manipulação dos animais. Vale salientar que o estabelecimento de propriedade da Prefeitura Municipal de Ipiaú, administrado pela empresa FRINOVO, sediada no município de Itamarajú, apresenta deficiências na sua estrutura física e funcional que comprometem seriamente a sanidade de seus produtos, a segurança do trabalho, o bem estar do animal e o equilíbrio do meio ambiente. Diante destas conclusões a unidade não possui condições, técnicas, higiênica e sanitária, de funcionamento. Um funcionário do Matadouro afirmou ao GIRO que atualmente cerca de 20 animais eram abatidos por semana. O mesmo matadouro já chegou a abater mais de 1.200 reis por mês. A FRINOVO trabalha no local com 20 funcionários. A empresa pode recorrer da decisão. (Giro/José Américo Castro).

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