ABRAÇAR
E SER ABRAÇADO:
para
fazer aquilo que o destino lhe reservou.
Será
porque saímos da social-democracia da Constituinte e estamos
embarcando em algo horrível e preconceituoso?
Fico a imaginar a
miséria da apresentada intelectualidade de alguns homens mostrados
como notáveis. Digo isso, após escrever 4 romances, um conto e uma
noveleta; e ser membro da União Brasileira dos Escritores.
É
bem verdade que uma única vela se acende para iluminar essa
escuridão por qual passamos: a consciência de que estamos vivendo,
talvez, o pior período da história política brasileira. Estamos
assistindo um massacre evidente contra a manifestação do
pensamento na
luta por igualdade.
***
Quando
o prefeito de São Paulo, João Agripino Dória, vem à velha Cidade da Bahia imaginando pompas palacianas e é recebido com uma uma chuva de
ovo cru, aqueles "notáveis intelectuais" fizeram analises altivas e
soberbas, atirando culpabilidade sobre os movimentos das causas
sociais, como se a miséria desse país fossem culpa apenas dos que lutam por direitos.
Agora,
quando o ex-presidente Lula é recebido por uma multidão na mesma
velha Cidade da Bahia, e um imprudente apresentado militar saca a
arma e dispara no meio da caravana, aqueles “notáveis
intelectuais” produzem textos sem contexto como pretexto para encobrir seus
silêncios.
***
Pois
é... o prefeito Dória, longe das lutas, imaginou que na velha Cidade da
Bahia, poderia ao lado de seu anfitrião, o netinho prefeito,
realizar seus nababescos piqueniques sem causa e razão para riquinhos pretensiosos se esbaldarem.
Enquanto Lula foi acolhido por uma multidão de trabalhadores, que lhe seguiu
numa manifestação, essa sim, aspirando causa e razão de justiça social.
João Agripino Dória correu para fugir do povo que lhe atirava ovo; Lula foi protegido pelo povo daquele que tentava lhe atirar uma bala
de revolver. Lula não fugiu: continuou sua caminhada sendo abraçado, no abraço das causas nobres. Mas, os "notáveis intelectuais" do deles Brasil oficial se
calam para nada nos dizer sobre o Brasil Real. Miserere-re
nobis...
***
Por
fim, João Agripino Dória deixou a velha Cidade da Bahia e voltou para SP envergonhado; enquanto Lula
segue sua caravana para fazer aquilo que o destino lhe reservou:
abraçar e ser abraçado pelas multidões sedentas de justiça. Não
a justiça 'morisqueta' travestida num heroísmo que esconde a falsa
razão do direito na avaliação imprecisa dos “notáveis intelectuais”; sim a das ruas do tempo...
Esse rapaz é de Itarantim, porque ele cuida da vida de sua cidade, das suas necessidades e soluções. Derrama um monte de elogios para um sentenciado há mais de 9 anos de cadeia, tramita ainda contra ele mais 6 processos por roubos; despediça seu tempo com plágios de materias jornalísticas, avaliando um ladrão como o Salvador, sabendo ele, que toda cúpula do famigerado PT está engaiolada, são presidiários. Coitado do Lula, o povo do Piauí não acreditou num bêbado.
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