O PASTOR TARADÃO: Investigado por estupros, pastor conhecido como Maníaco da Orelha é preso, em MG

Pastor investigado por diversos abusos sexuais e por estupro de vulnerável foi preso em Minas Gerais
Por Extra.Globo
Um pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular foi preso na manhã desta terça-feira, em sua casa em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na Operação Libertação da Polícia Civil de Minas Gerais. Wilson Jorge Ferreira, de 51 anos, é investigado por diversos abusos sexuais e por estupro de vulnerável desde maio de 2017. O caso está em andamento na Delegacia Especializada de Combate a Violência Sexual da capital do estado.
Apontado como um dos líderes da congregação e atuante na região de Belo Horizonte há 25 anos, o pastor ficou ficou conhecido pelo apelido de Maníaco da Orelha, por sempre iniciar seus assédios lambendo as orelhas das vítimas.
Segundo a delegada Larissa Mascotte, responsável pelas investigações, pelo menos 10 vítimas são esperadas para prestarem depoimentos nesta semana.
"Em nenhum dos casos em investigação houve conjunção carnal. Segundo se apurou, o suspeito colocava a mão na genitália das vitimas, lambia a orelha delas e as aliciava. Também estamos investigando um caso de uma menina, que na época dos fatos era menor de idade, e relatou que foi estuprada entre 12 e 16 anos de idade", destacou.
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, sendo apreendidos diversos aparelhos eletrônicos.
Mascotte disse ainda que várias das vítimas e testemunhas já foram ouvidas, como consta no inquérito policial.
"Há notícias de pelo menos outras dez vítimas que deverão prestar depoimentos sobre os fatos nos próximos dias. A prisão preventiva foi representada pela Polícia Civil para manutenção da ordem pública, além do fato de algumas vítimas terem relatado que estavam sendo ameaçadas pelo autor", afirmou Mascotte.
 Delegada Larissa Mascotte em entrevista coletiva em BH
A delegada informou que o pastor se aproveitava de sua posição na Igreja para abusar sexualmente das vítimas e depois as ameaçava para que não denunciassem os abusos, ou ainda as difamava nos cultos visando desacreditá-las.
"O silêncio é o maior inimigo das vítimas nesses casos. É muito importante essas mulheres procurem a delegacia para denunciar", disse.
O caso segue em investigação e deverá ser remetido à Justiça concluído nos próximos dias. O pastor responderá por importunação ofensiva ao pudor, estupro de vulnerável e estupro simples.
Delegada Larissa Mascotte em entrevista coletiva em BH Foto: Divulgação da Polícia Civil de Minas Gerais

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