Por: BOCÃO NEWS
Aconteceu na tarde desta quinta-feira (22), na segunda
câmara criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, o julgamento da prefeita da
cidade de Porto Seguro, Claudia Oliveira, acusada de crime contra Lei de
Licitações. O processo envolve contratação de bandas e de um artista plástico
para decoração do evento São João Elétrico na cidade administrada por Claudia,
em 2013.
O advogado João Daniem Jacobina alegou que o Tribunal
de Contas dos Municípios "não indicou desvio de recursos públicos",
rechaçando de pronto parte da acusação do Ministério Público da Bahia.
Posteriormente, relatou que "a arte é abstrata, impossível de ser
licitada", justificando a contratação, sem licitação, de bandas e de um
artista plástico para decorar o município.
A relatora do caso, desembargadora Nágila Maria Sales
Brito recebeu a denúncia, mas sem determinar o afastamento da gestora:
"conforme alguns informaram ela já está afastada, mas agora não seria a
hipótese".
Segundo a relatora "há indícios muito fortes de
irregularidades nos processos licitatórios e nos casos de inexigência".
Ainda em sua fala, a magistrada explicou: "O TCM não fez aprovação
com ressalva, naquele ano foram rejeitadas as contas da prefeita. Sei da
independência das instâncias, mas isso nos leva a uma verificação cuidadosa do
que está acontecendo". A denúncia foi aceita a unanimidade, sendo que a
maioria decidiu pelo não afastamento.
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