COLUNA FILOSOFANDO: Propostas dos presidenciáveis para educação.

5 dos 13 presidenciáveis trazem ao menos uma proposta para inovar na educação

Manoel Lopes







A colunista Marina Lopes, do site Porvir, fez um alerta para os leitores e eleitores, sobre as propostas dos presidenciáveis no que se refere a educação. Quem tem interesse em saber que caminho a educação poderá seguir a partir de janeiro de 2019, seria importante conferir o qur os presidenciáveis colocaram nos seus planos de governo.

Porvir verificou se planos prevêem ações para promover o uso de tecnologia, gestão democrática, participação, desenvolvimento integral e educação mão na massa
por Marina Lopes

Se depender de mais da metade dos presidenciáveis nas eleições 2018, redes, instituições de ensino e educadores terão pouco apoio do governo federal para inovar na educação nos próximos quatro anos. Após checar os programas registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Porvir identificou que apenas cinco dos 13 planos trazem pelo menos uma proposta para tornar a escola mais conectada com os interesses dos estudantes e com as demandas do século 21.
Para verificar se os programas de governo dos candidatos à presidência levam em conta as principais tendências educacionais mapeadas pelo Porvir, a reportagem procurou propostas que potencializem a implementação de quatro abordagens inovadoras: o uso de tecnologia, considerando questões de infraestrutura, conectividade, uso pedagógico de ferramentas digitais e curadoria de conteúdo; a gestão democrática e participação dos estudantes, que inclui formas democráticas, transparentes e participativas de gerir instituições de ensino e estratégias para envolver crianças, jovens e adolescentes na transformação das suas escolas e na construção de políticas públicas; a educação integral, que considera o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões (intelectual, emocional, cultural, física e social); e educação mão na massa, que coloca o aluno no centro de seu processo de aprendizado para construir conhecimentos a partir de projetos e experiências práticas.
Dentre todos os programas de governo analisados, apenas os dos candidatos Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede) mencionam alguma proposta que tenha o objetivo de concretizar o uso de tecnologia da educação, a gestão democrática, a participação dos estudantes e o desenvolvimento integral. Nenhum presidenciável apresenta ideias que explicitam de forma clara a intenção de promover uma educação mais mão na massa, incluindo atividades práticas e projetos interdisciplinares.
Oito dos 13 candidatos também fazem menção à educação integral, com a ressalva de que cinco deles se referem apenas ao aumento da carga horária, enquanto apenas três – Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) – citam o desenvolvimento dos estudantes em sua integralidade.
Apenas três candidatos, Eymael (DC), Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede), citam diretamente em seus planos a preocupação em promover o uso de tecnologia nas escolas. No entanto, os programas de governo mencionam garantia de acesso e inclusão de novas tecnologias, sem especificar como isso deve ser colocado em prática.
Para gestão democrática e participação dos estudantes, são encontradas propostas nos planos dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), que cita a participação da juventude na gestão pública, Fernando Haddad (PT), que propõe a retomada do diálogo com a sociedade para acompanhar a gestão das escolas e a participação da juventude na elaboração de políticas públicas, e Guilherme Boulos (PSOL), que sugere a reformulação do Conselho Nacional de Educação para garantir maior rrepresentatividade

O Senador Cristovam Buarque, então Ministro da Educação, disse certa vez: se queres saber o país do futuro, olhe para a educação do presente. Independente de quem seja eleito, a nossa esperança é que de fato a educação passe a ser prioridades de Governo e  protagonista de Estado.

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