Seleção evita comentar eleição, mas tem maioria com apoio a Bolsonaro
por Bahia Notícias
Assunto em todos os cantos do Brasil, o segundo turno da eleição presidencial também é tema de conversas entre jogadores, comissão técnica e estafe da seleção brasileira. Mesmo com a maioria do grupo morando fora do país, o debate é recorrente na concentração para os jogos contra Arábia Saudita, nesta sexta-feira (12), e Argentina, no próximo dia 16.
Diante de holofotes e microfones, no entanto, a decisão é por não comentar abertamente o assunto. As declarações são curtas e diplomáticas, evitando qualquer posicionamento mais firme.
"É complicado falar de política. Mas é claro que em qualquer grupo se conversa de tudo. O que eu espero é que o Brasil possa melhorar, evoluir. Ser comandado por uma pessoa que possa levar o nosso país à frente", esquivou-se o meia Philippe Coutinho.
O discurso de um dos principais jogadores é refletido em todo o grupo. Até mesmo o técnico Tite admitiu que evita comentar o assunto de maneira mais contundente ou tomar partido de um dos dois lados na disputa.
"Nós temos opinião, (política) deve ser comentado, sim, mas, individualmente. Eticamente e por nossas posições, não devemos nos expor publicamente. Eu posso, eu quero, mas não devo falar. A minha posição não me permite isso. Tenho minhas opiniões, minhas convicções, como os jogadores têm também, e quaisquer pessoas normais que acompanham esse momento político do Brasil", frisou.
Mesmo diante do "silêncio" do grupo, a reportagem apurou que a preferência de boa parte da delegação é por uma vitória de Jair Bolsonaro (PSL). Seja entre jogadores ou entre membros de comissão e estafe, poucos torcem por uma virada de Fernando Haddad (PT) no segundo turno.
A opção da seleção, no entanto, não chegou a ser transformada em voto no primeiro turno. Com a comissão técnica se apresentando para os trabalhos desta semana no último domingo (7) em Londres, mesma data do primeiro turno no Brasil, não houve tempo para participar da eleição.
Entre os jogadores, o mesmo problema. Além de a maioria não ter transferido o título eleitoral para a Europa –onde todos atuam–, os jogadores defenderam os seus clubes no fim de semana e chegaram a Londres na manhã de segunda-feira (8).
O fato de jogar na seleção não faz o cidadão deixar de ser idiota.
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