FILOSOFANDO

Por Manoel Lopes

Texto extremamente lúcido do jornalista Gerson Marques nos faz pensar sobre o nosso representante maior que é o presidente Jair Bolsonaro e qual é a percepção do mundo em relação ao  representante do Brasil no exterior.

Segue texto abaixo.

A Câmera de Comércio Brasil EUA, elegeu Bolsonaro o homem do ano, por motivos óbvios, (entrega da Base de Alcântara aos EUA, a liberação unilateral de vistos, o perdão de dívidas milhonarias de empresas americanas com o INSS, o alinhamento automático na política externa etc...). A homenagem seria feita como todos os anos, no Museu de História Natural de Nova York, uma das mais prestigiadas intituições de ciências do mundo. Só que ainda existe vida inteligente nos EUA, e foram eles que reagiram, os funcionários do museu, seus pesquisadores e cientistas fizeram uma carta a direção da instituição mostrando a contradições em uma casa dedicada a ciências e ao saber, receber um homem que a nega e a persegue, na carta os funcionários apontam declarações de Bolsonaro sobre a Amazônia. Em outra frente o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, manifestou sua repugnância a presença do presidente brasileiro em sua cidade, classificando de figura perigosa, homofóbico e xenófobo. O Museu de História Natural, anunciou ontem o cancelamento da reserva em suas dependências, a organização tentou então levar a homenagem para um famoso hotel da cidade que também recusou, se cogita agora realizá-lo em Washington. A reação a presença de Bolsonaro demostra o olhar que o mundo está tendo sobre este momento do Brasil, Bolsonaro é uma figura extremamente desagradável, defensor de ideias repugnantes ao mundo civilizado, mas bem aceita entre a classe média brasileira, sabidamente pouco civilizada, recentemente Bolsonaro defendeu o perdão aos nazistas, desagradando até seu único aliado no exterior, o governo de Israel. Em visita ao Chile, fez elogios a Pinochet, causando mal estar no governo chileno e obrigando o presidente Pinera a se desculpar com os chilenos. Bolsonaro é a fiel tradução do Brasil atual, um país sem futuro, desolado, cultivando a ignorância e a violência, perseguindo a acadêmia as universidades, desmontando políticas sociais e apontando para a destruição da Amazônia.