POR J Rodrigues Vieira do blog itarantimdefato.com.br
Em 2020, poderemos ter uma das mais equilibradas disputa eleitoral no Município de Itarantim, como vem apontando todas as pesquisas de análises internas. Com a informação de que a chapa encabeçada por Fábio Gusmão terá Cláudio da Padaria como vice para a disputa, farei uma breve observação histórica sobre os perfis dos candidatos pessedistas.
■ Experimentação
Fábio Gusmão não é uma liderança política natural e popular, pois não notamos em sua biografia, militância partidária e engajamento nos movimentos sociais do município. Ele surge no cenário político nas eleições municipais de 2016, como resultado de uma experimentação coletiva que se viabilizou numa agressiva estratégia de investimento e marketing, onde sua imagem se tornou mais conhecida do que sua pessoa em si. Essa estratégia se repetiu nas eleições de 2018, quando isolado, foi parte de uma campanha, na qual, seus atuais aliados não lhe deram crédito e apoio.
Contudo, ainda que, tendo obtido bons resultados nos dois pleitos, Fábio Gusmão anunciava sem maiores explicações que não estava mais disposto a disputar outra eleição municipal (não seria candidato). Mas, de alguma forma, se convenceu ou foi convencido a voltar ao cenário eleitoral, tendo como lema: Força de Gestão (?).Talvez, uma referência explícita ou implícita ao seu nome: FG = Fábio Gusmão. Um eminente risco, isso porque, no contexto definitivo, já que se trata de disputa política eleitoral, não se nota uma razão de fato para justificar a materialidade de tal frase: pois, não se verifica em seu currículo profissional, alguma experiencia mais efetiva na área pública de gestão governamental, bem como, também, participação em núcleos da sociedade civil organizada. Portanto, se torna arriscado e temeroso começar uma campanha política com uma proposta sem correspondência com a realidade factual; com uma mera frase de efeito e apelo político. Talvez, por descuido e atenção, seus influenciadores não tenham pensado na causa e consequência de uma frase que envolve pessoa e projeto; principalmente eleitoral.
■ Indecisão
Cláudio Tonucci se torna Cláudio da Padaria nas eleições de 2004, quando disputou a prefeitura, sustentado na popularidade do ex-prefeito Ricardo Souto. Sua candidatura nasce de uma anormalidade, por conta da desistência do candidato pretendido: o pecuarista Zeneldo Matos. Naquela campanha, fatos curiosos eram seus breves discursos, sendo a vice, a professora Lauristênia Sobrinho, a figura principal no palanque e no horário eleitoral gratuito no rádio.
Como Fábio Gusmão, Cláudio da Padaria não é um líder natural e popular —, longe disso —, apesar de ter militância partidária e participação em movimentos políticos e sociais, representa um grupo de pessoas em torno das famílias Matos e Landi. Como seu parceiro de chapa, também não possui nenhuma experiencia efetiva direta na gestão pública.
Nas eleições municipais de 2016, Cláudio da Padaria voltou a ensaiar uma frustrada candidatura, articulando uma espécie de encontro festivo no bairro Bob Kenedy. Na ocasião, pretendia obter o apoio do atual prefeito, Paulo Fernandes. Mas, sem força política e de argumento, foi preterido pelo grupo do prefeito e ainda assistiu à indicação do pecuarista Marcus Vinícius, como vice, na chapa de Fábio Gusmão. Noutras ocasiões, figurou entre um grupo e outro, entre legendas partidárias, contudo, porém, sem muito destaque e desempenho pessoal.
■ O que pretende essa aliança política?
Só poderemos saber quando publicarem suas propostas e projetos. Por enquanto, como análise a partir de uma observação histórica, Fábio Gusmão surge de uma experimentação; enquanto Cláudio da Padaria de uma indecisão.
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Em síntese, para as eleições municipais 2020, com a crise sanitária por conta do novo coronavírus e o isolamento social, as campanhas serão mais propositivas com menos espaços para apelos populistas e grandes investimentos financeiros.
As pesquisas de analises internas têm mostrado equilíbrio entre os candidatos, onde ninguém está em larga vantagem. Muitos debates, certamente, serão realizados pela sociedade civil organizada e se tornarão decisivos para avaliação do eleitor. Em tais debates, Fábio Gusmão e Cláudio da Padaria, bem como, também, os outros candidatos ao formarem suas chapas, terão a oportunidade de esclarecer melhor quem são e o que pretendem em suas propostas de campanha.
Diga se de passagem que representar essas duas famílias, não dá prestigio politico pra nenhum candidato, já que são duas famílias sem nenhum apoio popular a não os votos deles mesmo, porque do contrario Matos e Landis não tem voto pra eleger nenhuma uma suplência de vereador.
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