A DEMOCRACIA é um regime de governo muitas vezes criticado e atacado, inconsciente ou conscientemente, por quem deveria guardá-lo e protegê-lo, O POVO.
Reconheço que nem sempre o povo manda como gostaria e deveria nesse modelo. Pior, quase sempre é mal representado e esfolado por quem não gostaria e não deveria, os maus políticos. Contudo, mesmo “a democracia não sendo tão perfeita como deveria, não há nenhum sistema melhor. A democracia não garante o paraíso na terra, mas impede, muitas vezes, que o inferno se instale”.
A DEMOCRACIA nasceu na Grécia Antiga, na cidade de Atenas, daí a etimologia da palavra (demo = povo e kracia = governo), governo do povo. A democracia brasileira, diferente da grega em muitos pontos, já sofreu algumas interrupções ao longo da sua jovem existência. A mais longeva aconteceu em 1964, quando fomos privados da sua égide por mais de duas décadas. Portanto, todo cuidado e zelo é pouco o que não faltam por aí e por aqui, são lobos tiranos disfarçados em cordeiros democráticos. Também não faltam políticos demagogos disfarçados em democráticos. Nesse ponto, Aristóteles reconheceu que o pior da democracia é que quase sempre descamba para demagogia.
É um modelo em permanente mudança que pode ser para melhor ou para pior a depender das nossas ações ou omissões.
Em 1932 a democracia foi melhorada quando as mulheres se organizaram e conquistaram o direito ao voto. Outro momento foi a conquista do voto aos 16 anos (facultativo) em 1988. Também tivemos, entre outras melhoras, a implantação do voto eletrônico e a biometria no combate às fraudes e melhoria da transparência do sistema democrático eleitoral.
Na DEMOCRACIA todos/todas são importantes, tudo depende do nível de inserção e organização que cada um exerce na comunidade. Todos estão conectados democraticamente, influenciando e sendo influenciados. Aquele que vota consciente é importante, aquele que é votado, também. Aquele que ganha uma disputa eleitoral e respeita as leis vigentes é importante, aquele ou aqueles que perdem e reconhecem a vitória do adversário político, fazendo uma oposição responsável, também.
O ápice do sistema democrático é a coexistência dos três poderes autônomos e harmoniosos entre si. Sem esquecer da imprensa, reconhecida por muitos como um quarto poder que faz toda a diferença na sociedade. É ela que muitas vezes denuncia e evita os abusos de poder contra o cidadão. Daí a importância de uma imprensa livre e independente em relação aos grupos dominantes. Neste ponto, cito o Alerta Itarantim, o Crônicas de Itarantim e a Rádio Comunitária 3 Pontas FM (imprensa local) e aos demais da cidade/região pelo excelente trabalho em favor da sociedade e da DEMOCRACIA. “Uma imprensa livre pode, é claro, ser boa ou ruim, mas, certamente sem liberdade, a imprensa sempre será ruim”.
Que no dia dedicado a DEMOCRACIA no Brasil (25), sejamos corajosos e conscientes em defender nossos direitos, mas também os dos outros, principalmente, o de uma IMPRENSA LIVRE. Façamos nossas, as palavras de Barradas: “a imprensa livre e a liberdade para o jornalismo investigativo são sempre dois pilares fortes que sustentam o exercício pleno da verdadeira democracia”. SALVE A DEMOCRACIA, SALVE O POVO, SALVE A IMPRENSA LIVRE!
* José Alves Nunes é Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas e Filosofia da Educação pelo ISTA
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