O presidente Zeza pauta a secretaria municipal de educação para saber porque os alunos não estão recebendo o kit de merenda escolar
Segundo o Centro de Referência de
Educação Integral, se alimentar de forma saudável é fundamental para o
desenvolvimento integral das crianças em fase de aprendizagem. Os especialistas
em educação defendem que as escolas lidem com o momento da alimentação como uma
extensão da proposta pedagógica.
Para cumprir suas obrigações
fiscalizatórias, o presidente da câmara municipal, Zeza Gigante, colocou o tema
em pauta e, na segunda-feira (22), convidará os membros da comissão de educação
para visitar a secretaria municipal de educação e cobrar esclarecimentos acerca
das medidas que estão sendo adotadas para atender as famílias de crianças em
situação de vulnerabilidade social, matriculadas na rede municipal de ensino, no
que se refere a segurança alimentar. O vereador pretende saber quais os motivos
que levaram a secretaria interromper a distribuição do kit de merenda escolar desde
janeiro, ressaltando que, estamos diante de uma fase crítica da pandemia de
coronavírus. Situação a qual, muitas famílias vêm passando por dificuldades.
Até agora, de janeiro a março de 2021,
a prefeitura já recebeu R$ 79.428,60 (setenta e nove mil, quatrocentos e
vinte e oito reais e sessenta centavos), de acordo com o FNDE – Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação. O que o presidente pretende ouvir da secretária Maria
D’ajuda Teles, diz respeito sobre quais os motivos impedem o uso dos recursos
disponíveis e, se possível, em como a câmara municipal poderá ajudar para que
as crianças possam ter garantido o direito a merenda escolar de forma emergencial
urgente.
Estamos diante de uma questão
humanitária. Portanto, a prefeitura municipal poderia ter a mesma rapidez, como
teve em outros setores, a exemplo de como já fez na contratação de maquinários
para recuperação de estradas vicinais, até para atender celebrados e ‘importantes’
amigos, como no caso da família de um senador “que não pede, manda!”, como exaltado,
verbalizou o próprio prefeito.
A urgência se faz por trata-se de desenvolvimento
humano de crianças, prioridade para além da estrutura física e seus excessos de
publicitação. Para o prefeito Fábio Gusmão tudo é muito novo. Ele veio de outra
estrutura social (mais confortável) e não teve militância em política social
fora de suas campanhas eleitorais. No entanto, para seus secretários, esse
ambiente não é novo: A própria secretária Maria D’ajuda Teles já ocupou outras
funções diretivas na educação municipal. Em relevância, creio, que conheça as necessidades
mais imediatas e, imagino que deva ter a sensibilidade inerente ao educador. Muitas
famílias, vale ressaltar, estão passando necessidades com a suspensão do
Auxílio Emergencial. Sem a distribuição do kit de merenda escolar nos meses de
janeiro, fevereiro e março, a situação deve ter piorado.
A prefeitura é uma instituição para o planejamento
das políticas públicas de desenvolvimento humano e social. Em suas responsabilidades
governamentais, deve primeiro se preocupar com a condição de vida da população,
em especial, com os mais vulneráveis. O que podemos esperar, é que após a
visita do presidente Zeza na secretaria municipal de educação, acompanhado dos
membros da comissão responsável, certamente, a secretária Maria D’ajuda Teles possa
esclarecer os entraves que impedem a aplicação dos recursos recebidos e possa
dar celeridade aos processos para distribuição dos gêneros alimentícios da
merenda escolar; gêneros que são essenciais para o desenvolvimento, o crescimento
e o desempenho cognitivo da criança. Por se tratar de uma questão envolvendo a
sensibilidade humana, deve haver uma forma legal mais urgente para o uso dos
recursos já garantidos. É só ter interesse para fazer.
Essa é a atitude que a população espera
da câmara de vereadores. A iniciativa do presidente é uma prerrogativa legal para
que os recursos públicos tenham finalidades claras em suas obrigações. No
cumprimento de seu papel, que outras prerrogativas fiscalizatórias de cobranças
sejam feitas.
A movimentação da câmara municipal é um
início de equilíbrio. Com essa atitude, a população poderá ter conhecimento dos
custos e como funciona os demais setores da prefeitura. Os vereadores poderão também
visitar e ouvir a secretária de assistência social, Mônica Macedo, que nesse
momento difícil, em tempos de pandemia, tem a obrigação de trabalhar ações estratégicas
e essenciais para o desenvolvimento de políticas de segurança alimentar e garantias
sociais.
De São Paulo, 20 de março do Ano da Graça de 2021, J Rodrigues Vieira, para o ‘blog’ Alerta Itarantim.
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