Por falta de maiores informações,
diálogos e entendimento na equivalência de preços, serviços e equipamentos,
estou ouvindo com muita atenção, o arrastado “bate-papo” do secretário de
administração, Jailton Oliveira (Jai Mamão), em sua participação no programa jornalístico
da Rádio Três Pontas FM, na última quinta-feira (22). Farei uma análise mais detalhada
noutro artigo. Porém, creio que o secretário poderá ser ouvido na câmara de
vereadores para melhor explicar e esclarecer possíveis dúvidas para além de
seus documentos escritos com tantas licitações...
Para os 100 dias de governo, o “bate-papo” do secretário poderia ser feito pelo próprio prefeito Fábio Gusmão. Aliás, creio
que ele (o prefeito) tenha mergulhado tão fundo na personagem criada com sua
imagem, que, realmente, acredita no silêncio para se tornar um uma espécie de
mito político (bin da lapada) como se vangloriam nos sussurros do poder.
Observem que num vídeo curto, publicado numa página de rede social, atribuída à
prefeitura, Fábio Gusmão aparece cumprindo uma agenda sugerida como inauguração
de uma Unidade de Saúde da Família no bairro Bob kennedy.
Sua comunicação social parece querer mostrar
na peça publicitária, ser a USF uma realização de seu governo — E não é! Pois, aquela
unidade já funcionava noutro local no perímetro do bairro. O que houve foi
apenas a mudança de endereço e, a parecer, aquisição de alguns equipamentos. Textualmente,
diz o prefeito, “meu sentimento hoje é de gratidão e felicidade”. Mas, a
gratidão será do povo, a partir de seu adequado funcionamento, principalmente,
quando for detalhado os recursos próprios, gastos na compra dos, como disse, “equipamentos
novos e de última geração”.
No vídeo em que aparece ao lado do vice-prefeito
Cláudio Tonucci e da secretária de saúde, Lorena Tigre, Fábio Gusmão finaliza
sua mensagem dizendo, “seguiremos assim, trabalhando para o povo, esse é o
nosso papel”. Pois é, de acordo com os valores gastos em menos de quatro
meses, não se pode esperar outra coisa da prefeitura em suas obrigações. Observem
na averiguação dos vereadores Hilton Rocha e Graziano de Oliveira Reis
(Naninho), que apontam gastos de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais)
na coleta de lixo em apenas 90 dias.
Por fim, certamente, a unidade mais
centralizada naquele bairro, facilitará o atendimento de sua comunidade. Mas,
não é aquela uma ação própria do governo de Fábio Gusmão como parece querer
mostrar sua publicitação: É uma política do Sistema Único de Saúde (SUS) já
implantada. No caso, a unidade apenas mudou de local. Esse aparente estado inerte
de informação do governo, deixa dúvidas. Seria mais prudente para sua comunicação
social, a publicação de notas de imprensa mais detalhadas, contendo serviços,
equipamentos e valores gastos, como cobrou o presidente da câmara, Zeza Gigante.
Isso poderia evitar desconfiança e, ainda, o risco de o prefeito se tornar um meme
institucional, já que seu governo parece tanto gostar da superficialidade das
redes sociais ‘curtidas e amadas’ por eles próprios.
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