CONVITE AO PENSAR: UM ANO PÓS ELEIÇÃO E QUATRO MUDANÇAS IMPORTANTES NA CIDADE

 

                               

                                                                                                                                  Por José Alves Nunes*

Há pouco mais de um ano, aconteceu a eleição municipal em Itarantim. Naquela disputa histórica tivemos quatro candidaturas disputando a vaga para prefeito do município. Delas, três ditaram o ritmo e mudaram para sempre os rumos da política local. Mudaram porque com três lideranças fortes na cidade, a união de duas delas, além de pressionar qualquer gestão, pode mudar o resultado de qualquer pleito eleitoral.

Passado um ano da eleição, alguns ainda acreditam que não temos nada para comemorar, somente para criticar, denunciar e cobrar. Já os que ganharam, acreditam que as coisas mudaram para melhor e até dizem que Itarantim é uma outra cidade. Dualismo a parte, o certo é que tivemos, sim, algumas mudanças importantes na cidade nesse ano pós eleição, mas muito aquém do que dizem os “que estão no poder” e muito além do que negam os “fora do poder”.

Portanto, deixando o maniqueísmo político um pouco de lado, se é que é possível para alguns, e olhando a partir de Itarantim é possível apontar quatro mudanças importantes na cidade nesse curto período. E, acreditem, elas não vieram, somente, de onde ainda se esperam ou cobram pelas mudanças na cidade.

A primeira veio do Legislativo Municipal que ditou o ritmo e impôs importantes mudanças na Casa do Povo.  Esse novo jeito de legislar é mérito dos vereadores de oposição que permaneceram unidos nas principais pautas legislativas ao longo do ano, mas também de alguns vereadores da situação que em algumas pautas ficaram do lado da população. Dentre as principais mudanças, além de outras que já pontuei em outros artigos, estão a atualização da Lei Orgânica e do Regimento Interno.  Bem como, a articulação acertada do legislativo de Itarantim, liderada por Zeza Gigante, com as Câmaras Legislativas do Médio Sudoeste. Se em apenas um ano os vereadores conseguiram resgatar a imagem do legislativo, significa que é possível feitos maiores e melhores nos próximos anos.

A segunda mudança veio da Secretaria de Saúde e de seus profissionais que tiveram um ano de grande desafio, o maior de todos os tempos, e conseguiram responder positivamente. Enfrentaram o auge da pandemia causada pela COVID-19 e, com a chegada das vacinas, conseguiram combater o vírus e salvar vidas em nossa cidade. A população e os poderes constituídos têm uma grande dívida para com esses profissionais, principalmente os que estiveram e continuam na linha de frente dessa guerra pandêmica que ceifaram, até aqui, mais de 611 mil vidas no país, sendo 29 em Itarantim.

A terceira mudança ficou por conta da Segurança Pública Municipal que mudou da água para o vinhoO trabalho da Polícia Militar e da Guarda Municipal têm conquistado o reconhecimento da população com ações preventivas e, quando necessária, ostensivas. Os bons números na segurança local culminaram com o reconhecimento do SGT PM George como Policial Padrão da Unidade do mês de agosto de 2021, e com a realização do 1º Simpósio de Segurança Pública de Itarantim, organizado pela Guarda Civil Municipal (GCM), no última dia 04/11.

Por fim, a quarta mudança foi fruto de duas jovens associações com escopos e campos distintos de atuação. A ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itarantim) que tem conseguido, nesse curto tempo, unir e fortalecer ainda mais o segundo setor em Itarantim. E a Associação Cajazeiras que tem realizado um extraordinário trabalho no referido bairro e se tornado uma referência do terceiro setor na cidade. A atuação destas duas associações confirmam que não se deve esperar que as boas ações e projetos para a cidade surjam do primeiro setor, atolado na burocracia pública e de uma Gestão Repetitiva que continua governando do centro para os bairros periféricos. Portanto, são as Organizações Sociais, do segundo e terceiro setor, que devem apontar o caminho a seguir para o primeiro setor que ainda não foi capaz de inverter prioridades e governar dos bairros periféricos para o centro, bem como, incapaz de implantar o governo participativo tão propagado e prometido na campanha.

*Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia e cursos de especialização no campo da Terapia Cognitiva Comportamental.

 

 

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