O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) foi vaiado nesta quinta-feira (16) em Natal (RN) em evento da pré-campanha do ex-presidente Lula (PT), de quem será vice na chapa à Presidência da República.
Alckmin foi vaiado nas duas vezes em que teve o nome anunciado no início do evento, realizado no estádio das Dunas. Ele e Lula não comentaram os apupos em seus discursos. A defesa ao ex-governador coube à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e à governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
"Nesse palanque aqui, pode ter gente que divergiu. Pode ter gente que teve diferença e que lutou. Mas está quem defende a democracia contra o Bolsonaro. É contra esse cara que nós temos que lutar", afirmou Gleisi, sem mencionar o ex-governador.
Fátima também saiu em defesa de Alckmin. Ela agradeceu ao ex-presidente pela "pela sabedoria e sensibilidade" da necessidade de uma frente mais ampla.
A petista também foi alvo de algumas vaias ao comparar a aliança com Alckmin à coligação que está formando para sua reeleição ao governo do Rio Grande do Norte.
O deputado Walter Alves filho do senador Garibaldi Alves (MDB), que também foi alvo do público na abertura do evento.
O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) negou que haja resistências da população ao nome de Alckmin no estado e na região. "De maneira nenhuma o nome dele será barreira para Lula. É una questão de conquista gradual. Como Lula disse, tudo mundo está remando agora para um lado só".
Em seu discurso, Alckmin não comentou as vaias. Num rápido discurso -que chamou de "palavras telegráficas-, com a voz rouca, disse que o presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, faz críticas às urnas por temer uma derrota.
"O Bolsonaro, quando diz que desconfia urna eletrônica, ele não confia no voto popular. Sabe que não merece um segundo mandato pelo desastre que levou o Brasil", disse o ex-governador.
Lula não comentou as vaias ao seu futuro vice na chapa. Ressaltou as políticas sociais das gestões do PT no governo federal.
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