CONVITE AO PENSAR: DOIS FATOS OCORRIDOS NOS GOVERNOS DE PAULO CONSTRUÇÃO E NO DE FÁBIO GUSMÃO MOSTRAM A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS ATÉ AQUI

 


Por José Alves Nunes*

Um governo pode ser avaliado de muitas formas. Mas, talvez, a melhor avaliação ainda seja quando comparamos o governo atual, com o passado. Porque deixamos de lado as retóricas vazias, cheias de rivalidades e apresentamos os fatos. E como ensina a corrente positivista, “contra fatos não há argumentos”.

E dois fatos relevantes marcaram e abalaram profundamente as estruturas do governo de Paulo Construção. O primeiro fato ocorreu quando dois secretários “deixaram” o governo em pouco mais de 18 meses de gestão. Disputas internas e o fogo amigo levaram dois secretários a desistirem daquele governo. O segundo fato foi consequência do primeiro, os secretários saíram atirando contra o governo e contra o seu líder maior. Fizeram críticas e denúncias poderosas que “feriram” o governo e o fizeram “sangrar” até o fim, em 2020.

Entre as denúncias, a mais poderosa dizia existir “uma quadrilha no governo”, lembram?. Depois das críticas e denúncias amplamente replicadas nas rádios, sites, blogs, ruas e redes sociais o governo de Paulo nunca mais foi mesmo. O que chama a atenção, é que passados mais de três anos das denúncias feitas, ninguém foi indiciado e muito menos condenado, mas o governo chegou ao fim por conta delas. Será que existia mesmo a tal quadrilha no poder? Quem poderá nos responder?

O governo de Fábio Gusmão, também perdeu alguns secretários nesses quase 18 meses de existência. Também enfrentou críticas e denúncias. Contudo, os secretários que deixaram o governo, saíram exaltando o prefeito. Deixaram o governo por motivos pessoais e contra a vontade do alcaide. Saíram, mas continuam apoiando a gestão e exaltando o líder maior.

No governo de Paulo, as críticas vieram de pessoas que compunham o primeiro escalão. De secretários da confiança e do convívio do ex-prefeito. No de Fábio Gusmão, as críticas e denúncias vieram de fora. Todos os membros do primeiro escalão, inclusive os que saíram, continuam aliados ao governo e ao líder político.

O que isso significa? Que as críticas vindas da oposição não tem o mesmo poder daquelas vindas de membros do governo. O grande pensador Friedrich Nietzsche dizia que “tudo aquilo que não mata uma pessoa, a torna mais forte".

Críticas e denúncias que não dividem, unem. Que não enfraquecem, fortalecem quem está no poder.  As críticas e denúncias de aliados abalaram as estruturas do governo de Paulo Construção e decretaram o seu fim. As críticas externas das oposições não foram capazes até aqui de dividir e enfraquecer o governo de Fábio Gusmão, logo.

*Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia; Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental e Lideranças para a Era Digital - Autor do livro 'O Camponês e o Naturalista' recém lançado pela a Amazon e a Uiclap.





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