'Foi um trago, e minha vida mudou': quem usa K9 narra piripaque devastador


O QUE É K9, A NOVA DROGA SINTÉTICA

'Foi um trago, e minha vida mudou': quem usa K9 narra piripaque devastador

Vendida como K2, K4, ou K9, a "supermaconha" ou "maconha sintética" tem nada de maconha e muito de droga sintética. Criada em laboratórios improvisados para imitar os efeitos de um baseado no cérebro, a droga é uma mistura de substâncias químicas com solvente, que é borrifada em cigarros, ervas, papéis e até em outras drogas. Nos presídios, chegou nos selos e no papel sulfite (K4).


O efeito que tem chamado a atenção de quem usa é taquicardia, junto com a sensação de infarto. Foi de parada cardíaca que uma criança de 12 anos morreu em fevereiro, quando usava K2 em Diadema, na Grande São Paulo.

“A gente sabe que está se matando e, mesmo assim, não consegue parar. Meu corpo pedia, mas não era só comigo. Parecia um encontro na loja. Chegava às 4h na biqueira e já tinha uma fila de gente procurando. Os que tinham dinheiro para sustentar o vício, e os que não tinham."

A dependência fez o jovem, que trabalha como barbeiro, vender as panelas de casa e revirar lixo atrás de recicláveis para ter algum dinheiro. Fumava R$ 150 de K2 pela manhã, cerca de 30 baseados.

Não à toa, a K2 ganhou esse nome em alusão à segunda montanha mais alta do mundo depois do Everest. K4, K9 e K12 também fazem referência a outros picos altos e desafiadores.

'Ela te desmaia' O 'barato' provocado pelos canabinoides sintéticos é característico e considerado 100 vezes mais forte do que o da maconha.

Em busca de uma saída, o barbeiro deixou Guarulhos e mudou de país. Hoje, usa o TikTok para alertar para a "cilada" que é experimentar a droga "pior que crack" que é propagandeada como um baseado mais forte.

Comentários