Vitória de Aline Peixoto para o TCM demonstra união da base de Jerônimo, força de Rui Costa e fragilidade da oposição
A eleição da ex-primeira-dama Aline Peixoto para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), sacramentada na tarde desta quarta-feira (8) no plenário da Assembleia Legislativa, representou uma vitória política do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que enfrentou o primeiro teste de fogo na Casa e constatou a fidelidade da bancada. Já a oposição ficou menor.
Desde cedo, a bancada da maioria calculava que Aline teria até 41 votos, no cenário mais otimista. A ex-primeira-dama obteve 40. Já a minoria dava como certo um patamar de largada de 21 votos para o ex-deputado Tom Araújo, o outro postulante, contando 17 dos parlamentares do União Brasil, PSDB, Republicanos e PDT, e quatro do bloco independente, por meio de Luciano Araújo (Solidariedade), Pancadinha (Solidariedade) e dos bolsonaristas Leandro de Jesus (PL) e Diego Castro (PL). Havia quem dissesse que o ex-deputado chegaria a 25 no máximo.
Só que o candidato apoiado pela oposição, pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) e pelo atual gestor da capital, Bruno Reis (União), só teve 19 (outros quatro foram nulos). Ou seja, a conta é que, se houve traição proporcionada pelo voto secreto, ela aconteceu no bloco da minoria.
“O governo usou o rolo compressor, a maioria que tem, e venceu a disputa. Faz parte do jogo. Agora é bola para frente”, comentou o líder da oposição, Alan Sanches (União), visivelmente decepcionado. “Foi uma disputa política de dois grupos: de um lado, o time de Jerônimo e, do outro, o de ACM Neto. A base governista, que tem maioria, venceu”, resumiu o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD).
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