Convite ao Pensar: Contagem regressiva para as eleições 2024, entenda o cenário POLÍTICO em Itarantim

 


                                                                        Por José Alves Nunes*

Entramos em contagem regressiva para as eleições 2024. Falta menos de um ano para que milhões de eleitores compareçam às urnas para eleger candidatos(as) aos cargos de prefeito(a), vice-prefeito(a) e vereador(a) nos mais de 5,5 mil municípios do país. Em Itarantim temos uma conjuntura política complexa, fruto de muitos líderes e grupos políticos.

Pode-se afirmar, analisando toda essa conjuntura, que as eleições em 2024 passarão por três grandes questões: 1ª. O prefeito Fábio Gusmão conquistará ou não a reeleição? 2ª. As oposições vão se unir ou continuarão fragmentadas? 3ª. A ala bolsonarista e antipetista permanecerá ou não na base do prefeito? Todas as outras questões secundárias vão girar em torno dessas três questões principais. Portanto, é importante entendê-las bem para se posicionar e acertar politicamente.

1ª. A gestão de Fábio Gusmão chega bem avaliada para reeleição, inclusive vozes nas oposições reconhecem que o governo avançou na segurança pública, na saúde, na cultura e na não demissão de funcionários (comum em gestões passadas), entre outros. A boa avaliação também é fruto das obras tocadas no município: A pavimentação asfáltica (a mais importante politicamente), a construção do colégio estadual de tempo integral, a delegacia da polícia civil, a reforma do mercado, a praça municipal no Cajazeiras. Também pesa a favor do executivo, o fato de contar com representações políticas nas esferas federal e estadual (senador, deputado federal, estadual e governador) que serão os fiadores diretos da reeleição de Gusmão. Mas, o que pesa mesmo a favor da reeleição do prefeito é a fragmentação política nas oposições. Próximo ponto a ser entendido.

2ª. As oposições vão se unir ou continuarão fragmentadas? Essa questão é fundamental para o campo oposicionista determinar o seu lugar político em 2024. Partindo desta pergunta, é possível afirmar que o maior desafio nas oposições, hoje, é a sua própria fragmentação política. Se as oposições não realizarem o dever de casa, passarão a campanha brigando entre si. Com isso, não só perderão as eleições, mas ficarão mais tempo longe do poder. A falta de diálogo e união nas oposições podem influenciar, inclusive, no desânimo da militância que poderá abandoná-las. Mais, a fragmentação nas oposições não só facilitará a reeleição do prefeito, mas impedirá o surgimento de um líder capaz de unir as oposições e polarizar com Gusmão.

3ª. A ala bolsonarista e antipetista permanecerá ou não no governo? Essa é outra questão que pode influenciar e muito nas eleições 2024. Nas eleições de 2022, esse grupo apoiou Bolsonaro e os seus candidatos, principalmente o deputado estadual Raimundinho da Jr (PL). Por conta disso, alguns acreditam que essa ala vai seguir carreira solo, ou seja, lançará seu próprio candidato a prefeito para se distanciar, não de Fábio Gusmão, mas da influência petista no governo. Outros acreditam que esse grupo permanecerá na base governista, ou seja, vendem a ideia de que a divergência na disputa nacional/estadual não afetará na municipal. E têm os que acreditam que haverá um racha, ou seja, uma parte do grupo seguirá apoiando o prefeito e um grupo menor migrará para as oposições.

Seja qual for a decisão, a verdade é que essa terceira questão tem o poder de trazer algumas consequências** (positivas ou negativas) tanto para o próprio grupo quanto para o governo e as oposições.

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** As consequências serão apresentadas futuramente em artigo.

*É Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia; Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental e Lideranças para a Era Digital - Autor do livro 'O Camponês e o Naturalista' lançado pela a Amazon e a Uiclap.

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