O
vice-prefeito de Maiquinique, Kayke Jardim, surpreendeu os bastidores da política ao anunciar sua pré-candidatura a prefeito. Jardim foi eleito na chapa da atual
prefeita, Valéria Silveira (Podemos), que aparentemente tem a intenção de
disputar a reeleição.
Valéria
assumiu o cargo em 2022, numa eleição suplementar, após o TSE cassar o
ex-prefeito Jesulino Porto. A prefeita está no comando da cidade há pouco mais
de um ano e tem, portanto, a prerrogativa natural de concorrer a reeleição.
Por isso, a pré-candidatura do seu vice-prefeito cria uma situação incomum na política.
A não ser que a
prefeita tenha desistido da reeleição, o que ninguém ficou sabendo.
Nenhuma nota oficial foi divulgada nesse sentido. Além disso, se o
vice-prefeito fosse o candidato apoiado por Valéria, o lançamento seria feito
ao lado da prefeita e seus aliados, o que não aconteceu.
Diante dessa
novidade, incomum na política, surge dois questionamentos importantes: Quem as
lideranças políticas estaduais - o governador Jerônimo, Rui Costa, Jaques Wagner,
Otto Alencar, Rosemberg Pinto - vão apoiar em Maiquinique, Kayke ou Valéria? E a prefeita Valéria vai abrir mão da reeleição para apoiar o seu vice?
Seria uma
situação muito complicada se os vices começassem a se rebelar contra os seus líderes políticos. Isso poderia gerar uma crise de governabilidade e de confiança nas
instituições. Imagine se o vice-governador da Bahia, Geraldo Jr., decidisse não
apoiar a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues em 2026. Ou se o
vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, resolvesse sabotar a reeleição
do presidente Lula. Seria um caos para os grupos políticos e para a democracia.
Essa decisão do vice-prefeito pode gerar uma divisão na situação e abrir espaço para o crescimento das forças opositoras em Maiquinique. Além disso, pode gerar um clima de instabilidade e desconfiança entre os próprios aliados no governo. Será que essa é uma estratégia inteligente do vice-prefeito ou um tiro no próprio pé?
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