Uma greve geral, convocada em toda a Argentina, contra o pacote de ajuste neoliberal do presidente Javier Milei, tomou conta das ruas de Buenos Aires e das principais cidades argentinas nesta quarta-feira (24), dia em que uma multidão paralisou o país. Os organizadores estimam que cerca de 600 mil pessoas foram às ruas na capital e 1,5 milhão em todo o país.
Milei é acusado de querer “vender o país”, e de uma forma muito rápida, já que o mandato começou há apenas 45 dias. “A Argentina tem um governo que não é defensor da maioria. Eles querem que os ricos fiquem mais ricos e os pobres, mais pobres”, analisa.
Apesar da troca de farpas entre sindicalistas e membros do governo na véspera, com ameaças de repressão com base no protocolo de segurança criado pela gestão Milei, foi um protesto pacífico, que buscou pressionar o Congresso para rejeitar as propostas do governo, no momento em que os deputados realizam discussões acirradas sobre o tema, pressionados pela bancada governista.
Milei, que pretendia levar suas propostas ao plenário ainda nesta semana, recuou e propôs que o novo prazo seja a próxima terça-feira (30). Diante disso, a esquerda já cogita uma nova greve geral para o mesmo dia. "Na próxima terça, diante da sessão marcada pela Câmara dos Deputados, a CGT (Confederação Geral do Trabalho) deve convocar uma nova greve, que deve ser de 24 horas e com mobilização", postou no X (antigo Twitter) o deputado Gabriel Solano, do Partido dos Trabalhadores.
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