Nomeado no último dia 1º de outubro pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) da Bahia para o cargo de auditor estadual de controle externo, Bruno Gonçalves Cabral está no centro de uma polêmica que envolve a sua aprovação por meio de cotas raciais no concurso.
Ele teve a autodeclaração de negro reprovada pela comissão examinadora de heteroidentificação do concurso. E, por não ser considerado um homem pardo, perdeu a condição de tomar posse por meio do sistema de cotas raciais pelo qual se inscreveu.
Revoltado com a decisão, Cabral recorreu contra a avaliação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que organizou o processo seletivo, e teve o pedido negado em primeira instância. Mas, conseguiu uma liminar em segunda instância para que fosse nomeado até uma decisão de mérito.
A decisão, de 8 de julho, foi da juíza substituta e relatora do processo no TJBA, Maria do Rosário Passos da Silva Calixto. A posse de Bruno ocorreu junto aos outros 18 colegas no último dia 1º, em Salvador.
"Eu sempre me vi como pardo, todas as pessoas ao meu redor me vêm como pardo. Independentemente do resultado judicial — e eu posso perder, sim — continuo me vendo como uma pessoa parda", diz Bruno à coluna.
Ele ainda reclamou de como o processo tem sido abordado por meios de comunicação que publicaram a notícia, o que classifica de "ataque à minha imagem."
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