Presidente da ALBA faz grave denúncia sobre venda de emendas parlamentares na saúde, saiba mais...


Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Adolfo Menezes (PSD) denunciou o uso de emendas parlamentares e órgãos públicos para manter prefeitos na gestão de municípios baianos. A fala aconteceu em entrevista à Rádio Metropole, nesta quinta-feira (30), e revelar a venda de emendas na área da Saúde.

“Se as emendas chegassem ao seu destino da forma que está no papel, ótimo. O problema é que colocam a emenda para uma estrada e não se faz a estrada ou faz superfaturado. Mas a briga maior é para colocar o dinheiro na Saúde. Por que na Saúde? Não porque estão preocupados em salvar vidas. É porque na Saúde tem gente vendendo emenda. Essa é a escalada que chegamos”, revelou o presidente da Alba. “Foram R$ 196 bilhões em seis anos, que foram mandados aí pelo Brasil sem saber quem mandou e para onde foi”, complementou.

Adolfo reconheceu o esforço do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, que já suspendeu o envio de emendas e vem cobrando transparência nesse processo. Mas apontou que, diante da configuração do Congresso, esse é um processo que vem gerando tensionamento, inclusive com pedido de impeachment contra o ministro. “Não porque o ministro está errado, mas porque está contrariando interesses de muitos lá dentro”, comentou.

Adolfo ainda afirmou que, diante desse jogo de emendas e da sensação de que não existe Justiça, dificilmente algum candidato conseguirá derrotar um prefeito que tenta reeleição. 

Ele, inclusive, já se reuniu para tratar a conduta de gestores municipais com o procurador-geral de Justiça da Bahia, Pedro Maia, e a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, mas criticou a demora do rito do judiciário, o que, segundo ele, faz com que muitos acreditem que não há Justiça. Sem mencionar o nome do município, Adolfo citou como exemplo um prefeito baiano e 11 pessoas de sua equipe, incluindo secretários, que chegaram a ser presos por seis meses, após uma investigação do Ministério Público. Na eleição seguinte, o gestor foi reeleito com o triplo de votos.

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