Resenha Crítica do livro “Vinte Anos de Solidão: Cidade Ornada aos Pés de uma Imponente Pedra de Três Pontas”
A obra "Vinte Anos de Solidão", lançada pelo escritor José A. Nunes, aborda a temática da VIDA POLÍTICA. O
autor se propõe a relatar a história política do município de Itarantim, dentro
de um contexto histórico de vinte anos. O título da obra é emblemático e suscita
questionamentos. Por que vinte anos de solidão? Qual a provocação que o autor
quer fazer?
Para o município, esta obra é de grande
relevância, pois permite ao leitor entender a história política local como uma
valiosa coletânea dos acertos e erros do passado.
Com sabedoria e profundo conhecimento teórico, o autor
leva o leitor a compreender que a política não se restringe a um pequeno grupo,
sendo dever de todo cidadão refletir sobre o assunto. Essa
reflexão é benéfica, sobretudo na visão dos gregos que propunha a democracia direta,
na qual os cidadãos participavam ativamente das decisões políticas,
e seriam ignorantes aqueles que não participavam das decisões, ou no dizer de Bertolt
Brecht, chamados de "analfabetos políticos".
O filósofo vai além, provocando aqueles que se
abstém da participação política, atitude que considera ignorância, uma vez que
as decisões políticas impactam diretamente suas vidas, como no custo de vida e
no acesso a bens essenciais.
Diante dessa situação, o livro convida os
cidadãos a contemplarem a cidade do alto de um monte, para que percebam que
aqueles que ocupam as melhores posições na cidade são os que detém o poder político, enquanto os que não anseiam por essa participação são
marginalizados e excluídos.
Com clareza e perspicácia, o autor conduz os leitores a conhecerem e aprenderem sobre a admirável história política de Itarantim, repleta de avanços e retrocessos, acertos e erros, sonhos e desilusões. As conquistas e alianças políticas revelam traços marcantes dos líderes e da população nestes vinte anos.
A obra não é utópica nem ilusória, mas expõe os bastidores da política local, alertando para a possibilidade de a política ser utilizada como um jogo de interesses, no qual uma pequena casta manipula os desejos políticos de seus aliados.
Vinte
Anos de Solidão é, portanto, mais que um retrato histórico. É
um chamado à consciência e ao engajamento político. Uma obra de valor
inestimável para a cidade de Itarantim — e um espelho vigoroso para realidades semelhantes.
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Parabéns professor pela resenha fiquei interessada em ler o livro
ResponderExcluirParabéns
ResponderExcluirParabéns oa escritor José Nunes
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