O Banco Central do Brasil (BC) comunicou na noite da última quarta-feira, 23, um vazamento de dados vinculados ao sistema Pix, decorrente de uma falha no Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário), operado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O BC ressaltou que o problema não comprometeu informações sensíveis dos usuários.
Segundo o comunicado do BC, os dados expostos se restringem a informações cadastrais, como nome e CPF, e não envolvem senhas, saldos de contas, movimentações financeiras ou dados protegidos por sigilo bancário. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", informou a autoridade monetária.
O Banco Central também destacou que não houve comprometimento da infraestrutura do Pix sob sua responsabilidade, uma vez que a falha ocorreu em sistema externo, gerido pelo CNJ. O Sisbajud é utilizado por ordens judiciais para rastreamento e bloqueio de ativos financeiros em contas de pessoas e empresas.
Ainda não há informações sobre a quantidade de chaves Pix que podem ter sido afetadas. O CNJ, por sua vez, indicou que divulgará exclusivamente em seu site oficial orientações sobre a consulta, por parte dos cidadãos, de eventuais dados que tenham sido expostos.
O incidente levanta novos alertas sobre a segurança digital nos sistemas públicos que integram o ecossistema financeiro nacional, especialmente em um momento em que o Pix, sistema de transferências instantâneas lançado em 2020, se consolida como um dos meios de pagamento mais utilizados no país.
Especialistas em cibersegurança defendem maior rigor nas auditorias dos sistemas integrados ao Judiciário e às instituições financeiras, a fim de garantir a proteção de dados sensíveis da população. Até o momento, o BC e o CNJ não informaram se haverá responsabilização técnica ou administrativa por parte dos operadores do sistema afetado.
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