Convite ao Pensar: Câmara Municipal de Itarantim Debate o Fim do Voto Secreto, Parcial ou Total

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Itarantim, realizada na última terça-feira (26/08), trouxe à tona um debate que aprimora e promove seu Regimento Interno: o fim do voto secreto. Mais do que uma questão técnica, trata-se de um convite à construção de uma política local mais transparente e próxima do cidadão/eleitor.

A proposta em Pauta

O presidente da Câmara, vereador Dudu dos Tutas (PSD), anunciou a intenção de apresentar um Projeto de Lei (PL) que prevê o voto aberto nas votações de vetos do Executivo. A proposta, embora avance no sentido da transparência, mantém o voto secreto em dois pontos cruciais: a eleição da Mesa Diretora (Presidência da Câmara) e a apreciação das contas do prefeito.

Já o líder do governo, Mauro Sérgio (Podemos), apoiou a iniciativa e foi além ao defender o fim do voto secreto em sua totalidade: “Todas as votações deveriam ser abertas, sem exceções.” Seu posicionamento reforça uma ideia simples e corajosa: “O cidadão tem o direito de saber como cada vereador vota, sempre.”

Transparência como Valor Democrático

A manutenção do voto secreto em determinadas situações revela uma contradição com o princípio da transparência, que deve nortear a atuação de todo ser político. Se os vereadores são eleitos para representar os interesses da população, por que ocultar decisões que impactam diretamente a gestão municipal?

O voto secreto alimenta desconfiança e distancia o cidadão comum do processo político. Já o voto aberto fortalece a confiança, aproxima o eleitor do eleito e reforça o papel do Legislativo.

A Sociedade como Protagonista

Esse oportuno debate, talvez um dos melhores dos últimos tempos, não pode se limitar ao plenário e aos corredores da Câmara. Ele pede a participação da sociedade, que deve acompanhar, opinar e cobrar coerência de seus representantes. A democracia não se resume ao ato de votar, ela se constrói no dia a dia, no acompanhamento das ações do legislativo e executivo.

Redes sociais, manifestações públicas e o diálogo direto com os vereadores são ferramentas legítimas para romper o impasse entre o fim do voto secreto parcial ou total. A política local não pode ser uma disputa apenas de bastidores, mas um palco de decisões públicas e responsáveis.

Conclusão: Coragem para Mudar

O fim do voto secreto na Câmara de Itarantim não é apenas uma boa proposta vinda do próprio Legislativo, é uma necessidade urgente e democrática. É hora de "pressionar" os vereadores nessa iniciativa e transformar o plenário em um espaço de maior transparência, onde cada voto aberto seja um ato público de coragem e responsabilidade.

Que a sociedade abrace esse debate e faça valer sua voz. Voto aberto não é concessão: é direito. Esse direito fortalece o Legislativo Municipal e aproxima o cidadão dos políticos que o representam.

Comentários

  1. Mais uma vez a sua matéria é importante para a nossa cidade. Mas acho que o voto aberto tem que ser para todas as votações.

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