O tarifaço, mais do que um problema comercial, tem potencial para provocar danos diretos ao mercado de trabalho baiano. De acordo com estimativas da FIEB, os setores atingidos pelas tarifas respondem por mais de 30 mil empregos diretos e uma cadeia indireta ainda maior, espalhada por regiões como o Recôncavo, o Oeste, o Vale do São Francisco e a Região Metropolitana de Salvador.
“Quantas pessoas estão agora mesmo debaixo de um pé de cacau, colhendo fruto sem saber que seu emprego está ameaçado? É disso que estamos falando”, frisou o governador Jerônimo Rodrigues. O impacto não está restrito apenas aos grandes centros industriais, mas atinge profundamente os pequenos e médios produtores do interior da Bahia.
O secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, também alertou para as repercussões fiscais. Com a queda nas exportações, o Estado perde arrecadação de ICMS e outros tributos — o que pode comprometer programas sociais, investimentos públicos e a saúde fiscal da máquina estadual. "Estamos tratando de algo muito sério, que afeta a balança comercial, os investimentos e os serviços públicos. A Bahia precisa de resposta imediata da União", pontuou Vitório.
Em sua fala, o governador rechaçou qualquer tentativa de politização do debate, reforçando o caráter técnico e institucional da mobilização. “Não é momento de disputa ideológica. Não é uma questão de quem é de direita ou de esquerda. É uma questão de proteger o que é nosso. Proteger o povo da Bahia”, disse.
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