Durante a cerimônia em que recebeu o título de cidadão baiano, nesta sexta-feira (22), em Salvador, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino preferiu não responder diretamente às críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Questionado sobre o ataque, Dino destacou que, ao assumir a magistratura, abriu mão da atuação política e não cabe a ele travar embates dessa natureza. “Quando eu renuncio à participação na política e visto a toga de magistrado, eu renuncio também à possibilidade de fazer debate político. Ainda mais porque esse senhor é réu no Supremo e investigado no Supremo, o que significa dizer que em algum momento pode ser que eu venha a julgá-lo. Então eu realmente não posso responder, porque seria deixar uma atitude profissional ética”, afirmou.
O ministro frisou que o debate político deve permanecer no campo dos políticos. No entanto, reforçou que o Supremo Tribunal Federal não pode abrir mão de sua função constitucional, mesmo diante de pressões externas.
“O Supremo não pode renunciar ao seu papel de julgar as questões que lhe são apresentadas. Isso significa dizer que não podemos julgar de qualquer jeito, mas também que não podemos ceder a coações, chantagens ou ameaças, porque senão deixaríamos de ser Poder Judiciário”, declarou.
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