VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: Em menos de 15 dias, quatro casos de agressão chocaram o Brasil

Embora estejamos no mês de agosto, dedicado ao combate da violência contra a mulher, nos últimos 15 dias, casos brutais de violência chocaram a sociedade brasileira. Dois casos no elevador, uma tentativa de feminicídio e atletas que usam o físico a favor da ira.

No Rio Grande do Norte, no dia 26 de julho, o ex-jogador Igor Eduardo Cabral deferiu mais de 60 socos contra a namorada, que ficou com o rosto completamente deformado e precisou passar por cirurgia. Ele foi preso em flagrante e segue na Cadeia Pública do Estado.

Na última segunda-feira (4), foram divulgadas as imagens de uma esteticista de 39 anos, sendo brutalmente agredida por seu ex-namorado atleta de bodybuilder dentro do próprio estúdio em Itajubá (MG). Rafael Pedro da Silva, 28 anos, foi preso em flagrante, indiciado por cárcere privado e ameaça, e teve a prisão convertida em preventiva.

E pra quem acha que agressor não "faz escola", nesta quarta-feira (6), o empresário Cléber Lúcio foi preso, no Distrito Federal, por agredir a esposa dentro do elevador do prédio em que moravam.  Após levar socos e cotoveladas, a vítima ficou quatro dias inernada e os medicos foram os responsáveis por identificar a agressão.

Por fim, para comprovar que a violência também acomete pessoas públicas, nesta quinta-feira (7), uma das artistas mais representativos do cenário baiano, Lyu Árisson, revelou que também foi vítima de violência. As agressões aconteceram no dia 25 de julho, mas ela esperou que o suspeito fosse preso pra se pronunciar.

"O ocorrido foi na manhã do dia 25/7 e gravei este vídeo no dia 30/7, ainda no hospital. Por orientação jurídica, estou divulgando somente hoje mediante prisão do agressor", explicou Lyu.

De acordo com a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), a violência doméstica aumentou 74% nos últimos 12 meses em todo o país e menos de um quarto das brasileiras (24%) afirma conhecer muito sobre a Lei Maria da Penha.

Teoricamente, a lei estabelece medidas protetivas de urgência, mecanismos de prevenção e punição aos agressores, além de garantir direitos às vítimas. Na prática, metade das brasileiras acredita que a Lei Maria da Penha protege apenas em parte as mulheres contra a violência doméstica e familiar.

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