Um vereador e dois ex-secretários de saúde de Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste da Bahia, estão entre os nove presos na segunda fase da Operação USG, deflagrada na manhã desta terça-feira (18). Os outros seis presos, entre eles médicos e empresários do setor de saúde, também são suspeitos de integrar o esquema. Nenhum preso teve o nome informado.
Além de Formosa do Rio Preto, os mandados judiciais são cumpridos nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no interior do Piauí. Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o núcleo central da organização criminosa era formado pelos ex-secretários municipais. Eles, com ajuda de empresários e familiares, controlavam contratos de clínicas e laboratórios credenciados.
Ainda segundo a pesquisa, o esquema utilizava diversos mecanismos para fraudar os cofres públicos, como emissão de exames, plantões e atendimentos fictícios. Um dos indícios mais gritantes foi a quantidade de ultrassonografias registradas, que era nove vezes superior à média regional. Também foram constatados exames superfaturados, valores de medicamentos acima do teto e duplicidade de lançamentos. Cerca de 80 policiais participam da operação.
Os agentes seguem em buscas em endereços ligados ao grupo. Veículos, bens, documentos e equipamentos eletrônicos estão sendo apreendidos e contabilizados para o inquérito.
Em dezembro do ano passado, quando foi realizada a primeira fase, a Operação USG cumpriu mandados de busca e apreensão. Na época, os alvos eram médicos e ex-secretários de Formosa do Rio Preto.
As investigações já indicavam um esquema fraudulento com exames incompatíveis e plantões não realizados. Na ocasião, a secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto suspendeu contratos com quatro empresas investigadas. Os suspeitos são investigados por desvio de verbas públicas e fraudes em licitações.
Comentários
Postar um comentário
A V I S O:
Devido ao momento político, a partir de hoje, só serão liberados na opção Comentar como ANÔNIMO, os comentários construtivos ou que falem das propostas ou das qualidades de candidatos a cargos eletivos nesta eleição. Os comentários de teor crítico, acusadores ou agressivos aos candidatos, autoridades ou a qualquer outra pessoa, só serão liberados se o autor se identificar na opção Comentar como: NOME/URL, no quadro de comentários. IDENTIFICAR VIA ITEM NOME/URL.