O PT baiano está convencido de que por trás dos ataques ao ex-assessor da Petrobras Rosemberg Pinto está em curso uma operação da oposição ao governo Lula com o objetivo de abrir uma CPI contra a estatal que contaria com apoio direto de setores do PMDB, incluído aí seu líder maior na Bahia, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).
Na visão dos petistas, na Bahia, o partido do ministro teria dois interesses básicos: fragilizar a candidatura de Rosemberg Pinto à Assembléia Legislativa, com lastro em municípios do Sudoeste onde o PMDB tem forte presença, a exemplo de Itapetinga e Itororó, e dificultar eventuais planos do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, de concorrer ao Senado na chapa de Jaques Wagner.
A ausência de Gabrielli do páreo seria um fator facilitador para o caso de Geddel decidir marchar com a reeleição de Wagner, hipótese em que disputaria uma vaga ao Senado na chapa petista. Este teria sido o motivo porque, além de ter negado o interesse na candidatura, Gabrielli abriu hoje, na Folha de São Paulo, fogo contra o ministro da Integração Nacional.
“Gabrielli não é candidato, apesar das especulações que passaram a surgir em função de sua performance à frente da Petrobras”, disse há pouco uma importante fonte petista ao Política Livre, sinalizando que o PMDB não precisaria se preocupar com uma das vagas ao Senado na chapa de Wagner, supostamente reservada para o ministro.
Além de admitir que a movimentação política de Rosemberg incomoda até segmentos do PT, o petista acredita que os ataques começaram sobre ele exatamente em função de sua candidatura a deputado estadual. “Rosemberg é, naturalmente, um candidato forte e, em decorrência disso, se tornou o alvo preferencial para quem quer atacar também a Petrobras, pelo menos no momento”, avalia.
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