PSDB confirma fim do 'casamento' com o governador Jaques Wagner.

O presidente estadual do PSDB, Antônio Imbassahy, e o deputado federal Jutahy Júnior, uma das principais lideranças do partido na Bahia, confirmaram que o casamento dos tucanos com o governador Jaques Wagner (PT), de fato, acabou. Os dois reagiram às declarações de Wagner, que criticou o fato de o PSDB ter se juntado com o DEM na marcha dos prefeitos. “Foi uma declaração infeliz e injusta”, disse Imbassahy. Jutahy garantiu que o partido avisou que não apoiaria a reeleição de Wagner em novembro passado por meio do deputado Marcelo Nilo (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa. O governador esclareceu, ontem, que não interpretou um ato hostil a ele, o eventual apoio tucano ao movimento dos prefeitos, por ter considerado a marcha um “fracasso” como protesto e “inócua politicamente”. Em relação aos tucanos, insistiu: “Para mim, o que contava era a manifestação de Marcelo Nilo em nome da direção do partido, na convenção que escolheu Imbassahy, candidato a prefeito de Salvador (junho de 2008), garantiu que o PSDB estaria comigo em 2010”, explicou, achando normal uma mudança de rumo da sigla em função da candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência. Imbassahy reafirmou que apoiou a marcha dos prefeitos e classificou de “equivocada” a postura do governo de, na visão dele, ter tentado esvaziar a mobilização. “Isso acabou transformando um movimento reivindicatório numa ação da oposição”. Ele interpreta que as declarações de Wagner surgiram em função de um “cenário desfavorável”: “A candidatura de Serra, líder em todas as pesquisas, a marcha dos prefeitos e a divulgação da pesquisa do Ipes/Lavareda em que ele aparece atrás de Paulo Souto na disputa pelo governo da Bahia em 2010”. Jutahy entende ter agido de forma “leal e transparente”. Observou que, “com a democratização da Bahia”, não haveria mais sentido o PSDB se aliar a forças políticas locais, sem considerar a situação nacional. “A realidade da Bahia não tinha mais sustentação de o PSDB não estar com os aliados nacionais”, disse o líder tucano insistindo: “A resposta ouvida do governador (em dezembro) é que ele compreendia e manteria conosco a mesma relação cordial e respeitosa”. Ponderou que “se fosse para fazer uma coisa malandra e safada, fazia isso seis meses antes da eleição”. E deixou nas entrelinhas que talvez as preocupações do governador devessem ser direcionadas ao PMDB, que vem emitindo sinais claros de que deve romper com a administração estadual. “Surpresa ele pode ter com outros, conosco não”, ironizou. Outro ato de “lealdade”, na visão de Jutahy é que a comunicação (do rompimento) foi feita antes da reeleição de Nilo na presidência da Assembleia Legislativa, “para que não fosse computada como algo vinculado ao partido e sim como algo pessoal dele (Wagner)”.

Comentários

  1. O PT vai acabar ficando sozinho!!!
    Paulo Souto pode comprar o paletó da posse, e se o PMDB resolver dar "tchau" tambem, será o tiro de misericordia.
    Quem manda serem arrogantes!!!

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  2. Mexerico
    Sob o título de “Nem te ligo” deu no site de Cláudio Humberto que “sabendo que o apoio de Geddel Vieira Lima é fundamental para seu projeto de reeleição ao governo da Bahia, o governador Jaques Wagner tem feito a corte ao ministro da Integração. Que faz ouvidos de mercador”. Com a palavra o governador.

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