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"Sem comparar gerações santistas, Paulo Almeida aprova retorno de Robinho"



Atualmente no União Rondonópolis-MT, volante acha difícil torcida ver time como o de 2002, relembra passagem pelo Corinthians, e até cartão para juiz, última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro de 2002. O Santos perdia para o São Caetano no Anacleto Campanella e jogava a classificação para a sorte. Ela veio graças a uma inesperada goleada do Gama sobre o Coritiba, que então brigava por uma das últimas vagas no mata-mata.


Foi como um sinal para que a geração comandada por Diego e Robinho enfim despontasse e conquistasse um título nacional após 34 anos. Entre as jovens estrelas e outros destaques, Paulo Almeida fazia o “serviço sujo” na volância. Mas não deixou de ter o trabalho reconhecido.



Atualmente no União Rondonópolis-MT junto a Alex Alves, o baiano de Itarantim aprovou o retorno de Robinho à Vila Belmiro.


– É uma tentativa mais do que válida. Se ele acha que o melhor momento para voltar ao Brasil e render é agora, tem que acreditar nisso. Não acompanho o futebol inglês, mas como não vem jogando, tem que voltar. Ainda mais em ano de Copa do Mundo. Espero que tenha sorte, torço por ele e para o Santos – disse, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone.


Gerações incomparáveis


Ampliar FotoAgência/Diário de São Paulo

Paulo Almeida afirma não esquecer da geração santista que brilhou entre 2002 e 2004

Aos 28 anos, Paulo Almeida afirmou que dificilmente os santistas irão assistir novamente a um time como o de 2002. E preferiu analisar a equipe liderada por Neymar e Paulo Henrique Ganso com cautela, levando em conta também o aspecto financeiro do Peixe.


– Cada fase é uma fase. O Santos não tinha condição de contratar ninguém e começamos sem muito alarde. Ficamos praticamente do início de 2002 até 2004 com a mesma base. Hoje em dia um jogador aparece e seis meses depois já vai embora. É difícil fazer comparações desse tipo, mesmo com Neymar e Ganso. Não dá para esquecer aquele time – afirmou.


Cartão amarelo para Larrionda


Entre os dois títulos brasileiros, o Santos por pouco não conquistou a Taça Libertadores. Em 2003, um episódio curioso protagonizado por Paulo Almeida marcou a final diante do Boca Juniors, no Morumbi, vencida pelos argentinos por 3 a 1.


– Todo mundo fala disso e acha que eu tomei o cartão. Tenho que me explicar. Na hora do pênalti o juiz veio correndo, e foi o Fabiano quem pegou o cartão. Só que ele me entregou. E aí resolvi brincar na hora de devolver para o juiz, já que o jogo já estava perdido – contou, referindo-se ao uruguaio Jorge Larrionda.
assagem do volante pela seleção brasileira, na Copa Ouro.


– A gente vê os jogadores na seleção que vai à Copa são muitos dos que estiveram ali em 2003. Kaká, Júlio Baptista, Luisão, Nilmar, Robinho, Maicon... Fico feliz de ter participado daquele grupo, uma experiência ímpar.


Mas a carreira de Paulo Almeida não é só de glórias. O volante não sente saudades dos tempos de Corinthians, e afirmou que a decisão de ir para o Benfica foi um erro. Ele já se considera arrependido.


– O Corinthians foi uma época muito tumultuada, com a MSI e sem saber quem mandava. Não à toa o Tevez, Carlos Alberto, Mascherano, Roger, todos saíram. No Benfica, foi um erro que serviu de aprendizado. Poderia ter ficado no Santos. Um dirigente que era um agente Fifa licenciado para trabalhar no clube estranhamente só contratava jogador do seu escritório. Acabei não tendo a sequência esperada e saí.
Agência/Reuters

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