Ministro de Lula em Brasília, o pemedebê Geddel Vieira Lima reafirma: vai às urnas de 2010 como rival do petê Jaques Wagner na Bahia.Geddel expõe em público as cartas que levou à mesa das negociações privadas entre PMDB e PT.
Quer abrir o seu palanque baiano para a preferida de Lula na sucessão presidencial. Porém, esclarece:
“Desejo ser um dos palanques da Dilma Rousseff, trabalharei para ser. Tenho dito isso internamente [...]. Não serei em que circunstância? Se disserem que não querem”.
Geddel falou ao repórter Leandro Mazzini. Atacou a gestão de Jaques Wagner. A despeito disso, insistiu na tese do palanque duplo para Dilma.
Diz que, vingando essa estratégia, “a divergência estadual” seria “explicitada”. Mas o apoio a Dilma seria “público”.
Martelou: “Essa linha só não se realizaria se o PT dissesse que não quer, que não deseja nosso apoio, que nos hostiliza”.
Geddel é, hoje, o terceiro colocado nas pesquisas de opinião. Está atrás do petista Wagner e do segundo colocado, Paulo Souto (DEM), apoiado pelo PSDB.
Acha que a eleição baiana será decidida em dois rounds. Otimista, declara: “Estarei no segundo turno”.De saída, não contempla a hipótese de aliar-se a ‘demos’ e tucanos, hoje fechados com Souto, no plano local; e com José Serra (PSDB), na seara nacional.Mas Geddel não afasta a possibilidade de arrastar PSDB e DEM para dentro do seu palanque caso tenha de travar uma disputa final com Wagner.“Segundo turno é outra eleição. Você senta com quem ficar fora e tenta trazer a pessoa que esteja disposta a apoiar aquele projeto [...]”.
Como se vê, a disputa na Bahia pode assumir contornos inusitados. Se tudo correr como Geddel imagina, Dilma terá de instalar roldanas na cintura.Suponha-se que a coisa evolua para um Geddel X Wagner na Bahia e para um Serra X Dilma no Brasil.Ao escalar o palanque de Geddel, a preferida de Lula correria o risco de roçar cotovelos com a turma de Serra. Haja coerência!
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