As últimas pesquisas eleitorais alagaram de desânimo os subterrâneos da oposição. Em privado, o presidenciável tucano José Serra está de críticas pelo pescoço.Deve-se ao avanço de Dilma Rousseff nas pesquisas a enxurrada de reparos dos aliados ao comportamento de Serra.Dissemina-se nos três partidos oposicionistas –PSDB, DEM e PPS— e no bloco dissidente do PMDB a avaliação de que Dilma achega-se a Serra nas sondagens eleitorais por duas razões:
1. A superexposição que lhe é proporcionada pelas cerimônias públicas em que um Lula ultrapopular a exibe sem constrangimento aos eleitores.
2. A relutância de Serra em assumir-se aberta e francamente como candidato, arregaçando as mangas e fixando um contraponto a Dilma.Formou-se nos arredores de Serra um denso consenso: nessa fase pré-eleitoral, o país assiste à campanha de uma candidata só.Dilma desfila solitária sobre o tapete metafórico que Lula estendeu para ela. A pretexto de se dedicar à gestão de São Paulo, Serra foge do contraditório.Para complicar, o PT pôs em prática uma estratégia agressiva. Uma liderança do partido ouvida pelo repórter brincou: “Está em curso o PAC Eleitoral”.É uma espécie de “Programa de Aceleração da Campanha”, o grão-petê explicou ao blog, entre risos.Enquanto Serra empurra sua definição para o final de março, o petismo se prepara para oficializar o nome de Dilma daqui a duas semanas.
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