recortes do que vi e vivi na história: com Jetro Teixeira

Por J Rodrigues Vieira

Por durante meses em 1999, tive um convívio bem aproximado com o senhor Zé de Ciríaco, quando se integrou ao primeiro jornal impresso a circular no município. Seu Zé de Ciríaco assinava uma coluna com o título de Testemunha da História. Infelizmente, um acidente no qual teve uma das pernas fraturada, fez com que seu trabalho fosse interrompido. Logo faleceu. Anos depois, me aproximei do senhor Jetro Teixeira, um militante político e social que teve sua base de formação nos movimentos sociais da Igreja Católica, ao estabelecer uma relação próxima ao Bispo Dom Florêncio Sisínio Vieira, à frente da Diocese de Amargosa de 1942 a 1969, quando a região ainda era Província Eclesiástica daquele território.

Vivendo a história, seu Jetro Teixeira acompanhou a instalação da Diocese de Vitória da Conquista pelo Papa Pio XII, no dia 27 de julho de 1957, a partir de território desmembrado da Diocese de Amargosa. Nascido em Itambé no dia 18 de novembro de 1926, aqui esteve pela primeira vez em 1950, aos 24 anos, e no dia 25 de novembro de 1951 mudou-se de vez para a região, se estabelecendo na zona rural da Laranjeira, no ainda distrito de Nova Esperança. 

Um ano após a emancipação política de Itarantim (1961), ajudou organizar o território eclesial, ao lado do Padre Arnaldo, em 1962, com Dom Jackson Berenguer Prado, o primeiro bispo diocesano de Vitória da Conquista.

Às 10 horas de uma manhã do dia 13 de junho no ano de 1967, casou-se com Dona Alice na matriz de Santo Antônio, igreja que ajudou fundar — o casamento foi celebrado pelo padre Ângelo Braga. Aqui, se dedicou ao magistério e mobilizou movimentos sociais, a exemplo da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Partido dos Trabalhadores. Pai de catorze filhos: nove homens e cinco mulheres, aos 92 anos, seu Jetro Teixeira viu, viveu e vive o tempo de nossa história.    

Comentários

  1. Quero parabenizar o caro Rodrigues pela iniciativa de valorização de personalidades históricas importantes de nosso município, fato que já vem ocorrendo ao longo de seu trabalho literário/jornalístico. Verdadeiramente homens e mulheres simples, do povo como nós, são o bem maior de nossa querida Itarantim. Hoje mesmo, tive a honra de abraçar calorosamente a querida professora Geni Porto em Vitória da Conquista. Ela e tantos outros(as) se achegaram a nossa gente e marcaram as nossas vidas. Viva seu Jetro Teixeira, viva os homens e as mulheres que continuam a marcar a nossa história.

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