Por José Alves Nunes
Dito isto, pela primeira vez tivemos todos os candidatos a prefeito numa agenda pública oficial, manifestação de espírito político e abertura ao diálogo. Esse aspecto é importante no sentido de valorizar a Instituição promotora do evento, respeitar os demais candidatos e, principalmente, o eleitor/eleitora que precisa ouvi-los mais para “sanar dúvidas” e votar consciente. A presença de todos os candidatos contribuem, ainda, no fortalecimento da democracia local e no respeito ao eleitor cidadão que tem pedido, nas ruas e nas redes sociais, o debate entre os candidatos. Volto a afirmar, candidato ou candidatos que fogem dos debates políticos devem ser punidos nas urnas, principalmente, pelo eleitor indeciso que será decisivo nessa eleição.
O segundo aspecto que despertou a minha atenção e deveria despertar também em outros, foi a fala do candidato a prefeito Melquiades Coelho (Coelhão). O candidato logo no início da sua fala foi direto ao dizer, se eleito: “Rico não vai fazer parte do meu governo”. Disse ainda “que rico não gosta de ninguém. O carente é a pessoa mais importante na vida de um político”. E, para deixar claro que o candidato não está sozinho neste princípio político, Maquiavel (pai da política moderna) ensinava que “o caminho mais seguro para o “político” (príncipe) é procurar ganhar a afeição do povo”. Porque “o povo é mais prudente e mais confiável para o “político” do que os ricos”.
O candidato Melquiades Coelho falou o que nenhum outro candidato teve a coragem de dizer com a mesma clareza e o mesmo “tom de voz”. Ele não só diagnosticou o problema da cidade, mas até receitou o remédio. Que bom seria para Itarantim e para os mais simples se todos os candidatos a prefeito firmassem o mesmo compromisso: “RICO NÃO VAI FAZER PARTE DO MEU GOVERNO”. Porque quem precisa “do dossel sagrado” da prefeitura é o povo carente, suas necessidades não esperam, são para ontem.
* José Alves Nunes é Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas e Filosofia da Educação pelo ISTA
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